17 de agosto, de 2023 | 15:00
Acusados de homicídio ocorrido há 21 anos em Ipatinga são sentenciados por Júri Popular
Alex Ferreira/Arquivo DA
Conselho de setença definirá hoje se homem e mulher são inocentes ou culpados de homicídio cometido há 21 anos no bairro Canaã

Levados a julgamento esta semana no Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga, dois réus acusados de um homicídio praticado em 2002, no bairro Canaã, foram considerados culpados e sentenciados por homicídio duplamente qualificado. Os sentenciados, segundo consta no processo, se uniram a uma terceira pessoa para matar Manoel Anacleto de Faria, de 52 anos.
Pelo crime, o policial militar da reserva, José Vicente de Almeida, de 56 anos e Sonia Pereira Silva, de 57 anos, foram sentenciados a cumprir, cada um, 15 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado. As qualificadoras acatadas pelo conselho de sentença foram, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Entretanto, os dois ganharam o direito de recorrer em liberdade.
Para o promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, foi uma vitória para aplicação da Justiça decorridos 21 anos após o fato, em um processo marcado por recursos e mais recursos.
Entenda o caso
O homicídio julgado esta semana pelo Tribunal do Júri em Ipatinga foi praticado na madrugada de 19 de maio de 2002, na avenida Minas Gerais, bairro Canaã.
Consta no processo, cuja cópia foi divulgada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que Manoel Anacleto de Faria, de 52 anos, foi morto a tiros em uma trama que envolveu três pessoas.
O resultado da apuração aponta que o então policial militar, José Vicente de Almeida, de 39 anos à época, e a namorada, Sônia Pereira Silva, de 36 anos na época uniram-se a uma terceira pessoa, nunca identificada no processo, para matar Manoel Anacleto de Faria, de 52 anos, padrinho de Sônia.
Consta no processo que os dois réus, na companhia de um desconhecido, voltavam de um pagode, realizado no bairro Novo Cruzeiro, quando se depararam com Manoel Anacleto guardando seu veículo na garagem da residência, no Canaã.
"A denunciada, que era afilhada da vítima, cooperando para a realização do homicídio, criou um pretexto para entrar na residência. O terceiro desconhecido, contratado pelos denunciados, para executar a vítima, iniciou uma discussão com Manoel, efetuando em seguida três disparos de arma de fogo contra ele, um dos quais atingiu a testa, impossibilitando a defesa", detalha no processo, ao qual a reportagem do Diário do Aço teve acesso.
Após a execução da vítima, o segundo réu, José Vicente, deu fuga para o executor do crime. "Apurou-se que os denunciados planejaram e mataram a vítima por motivo fútil, uma vez que Manoel era contrário ao namoro da afilhada com José Vicente, na época, um policial militar casado", continua o relatório da denúncia do MPMG. Em sua defesa, no depoimento prestado à época, o militar disse que foi forçado a dar carona para o assassino.
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A Justiça Tardou Mas Não Falhou
18 de agosto, 2023 | 09:52Parabéns ao Promotor de Justiça que se empenhou levar justiça em mais um caso que seria prescrito.”
Marimg
18 de agosto, 2023 | 08:40Direitos e depois indultos...
Soltura de criminosos. Devoluções de produtos... Polícia trabalha e o judiciário solta, anula provas... Basta olhar as notícias de hoje.
Podem matar à vontade. Nada de ruim lhes acontece.
Matam um e morrem famílias inteiras. O tráfico protegido.
Um mandante conseguiu matar toda a nossa família. Foi a mesma coisa. Saiu pela porta da frente, com direito a recorrer em liberdade. Quase duas décadas para ser preso. Não procuramos saber dos indultos.
2 aninhos em regime fechado ou menos? Enquanto recorria, o sujeito estudou advocacia... Verdadeiro doutor!!!”
Fabio Vidal Bastos
18 de agosto, 2023 | 08:20Não existe justiça.”
Manoel
17 de agosto, 2023 | 22:55Caso julgado 21 anos depois condenados, ainda sim podem recorrer em liberdade.
Aonde está a justiça! parabéns a promotoria de Ipatinga e o delegado Marcelo franco tem sido intencionado a fazer justiça,mas os juízes pelo visto não.
Delegado gilmar da gaeco cobrar resultados dos demais delegado e impenho da políciais civil das cidades vizinhas.
Que época é essa que estamos vivendo liderança criminosa estão nas liderança a 10 anos.
Corrupção no 190 ,181 e companhia para dizer que não tem denúncia”
Jose Roberto
17 de agosto, 2023 | 21:47? uma vitoria porque, sairão pela porta da frente, vão recorrer em liberdade, mais uns 20 anos livres e a vontade, preso é que morre!!!”
Luiz B. Martins
17 de agosto, 2023 | 19:27Em resposta a Senhora Carla Gomes. Quantos crimes ainda sem julgamento há no país e que em sua maioria esmagadora são de pessoas comuns ou seja não militares. Mas falar mal de militar é muito fácil né? Em um país que a justiça solta e devolve dinheiro e até avião para chefe de organizações criminosas ninguém abre a boca para falar nada.”
Carla Gomes
17 de agosto, 2023 | 06:36Lendo a reportagem entendi por que o crime ficou 21 anos sem ser julgado. Mau policial militar envolvido. Um dos dezenas de crimes cometidus por agentes do Estado que nunca foram devidamente apurados. Dizer que os dois não sabem quem foi o matador é uma piada.”
Kid Cabeça
16 de agosto, 2023 | 14:48O ciclo é sem fim. E anos após anos se repete.”
Isso é Justiça?
16 de agosto, 2023 | 11:15A justiça falha quando tarda”