13 de agosto, de 2023 | 14:00
Opinião: Dia dos Pais: Neurocientista explica como funciona o cérebro de um pai
Fabiano de Abreu Agrela *
O Dia dos Pais é uma data importante para lembrar da importância da presença paterna durante o crescimento dos filhos, mas você sabia que se tornar pai pode mudar o cérebro do homem? Essa é apenas uma das características do cérebro de um pai. As mudanças do cérebro com a paternidade. Sim, a chegada da paternidade altera o cérebro do homem.Já existem estudos que demonstram as mudanças que ocorrem no cérebro do homem após se tornar pai. Por exemplo, já foram observadas alterações em determinadas regiões do cérebro, como a amígdala, a ínsula e o núcleo accumbens, áreas relacionadas à atenção, recompensa, vigilância e fortes emoções de acordo com o tempo que o pai passa com a criança, o que se repete tanto em pais heterossexuais, quanto homossexuais, em diferentes intensidades e a depender do indivíduo.
Também foram demonstradas, por meio de dados de exames de neuroimagem estrutural, em um estudo publicado na revista Cerebral Cortex, alterações anatômicas no volume do córtex cerebral dos pais, uma redução no tamanho do cérebro do homem após se tornar pai que volta ao tamanho normal algum tempo depois. Isso tem relação com a necessidade do foco no bebê.
Nenhuma característica diz que pai ou mãe são
melhores ou piores, mas sim que possuem
características e comportamentos diferentes”
Diferenças entre o cérebro da mãe e do pai - O cérebro da mulher e do homem são diferentes naturalmente e mesmo com as mudanças que sofrem após a chegada de um filho eles se mantém dessa forma, em geral, os homens têm 30% mais conexões entre os neurônios do que as mulheres e é cerca de 12% maior, já o das mulheres possui uma maior proporção de substância cinzenta e fluxo sanguíneo, o que os faz processar as informações de formas diferentes.
Mas além disso, a testosterona, presente em maior escala nos homens, o que estimula comportamentos impulsivos, enquanto, devido a processos ligados à gravidez, a mãe tem maiores níveis de ocitocina, ajuda com as contrações no trabalho de parto, e prolactina, que auxilia o processo de amamentação, responsáveis pelo apego materno a o bebê.
Nenhuma dessas características diz que pai ou mãe são melhores ou piores, mas sim que possuem características e comportamentos diferentes que de forma particular contribuem para a formação, cuidado e desenvolvimento da criança.
* Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos
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Tião Aranha
13 de agosto, 2023 | 20:52Bom texto, com esse clima de depressão assolando os jovens está cada vez mais complicado pros pais cumprirem vossas missões. Só mesmo aproveitando o imenso silêncio da calada da noite pra orar pedindo ajuda ao pai santíssimo. Se tiver mesmo Fé, ele atende. Risos.”