13 de agosto, de 2023 | 06:00

Foco no Brasileiro

Fernando Rocha

O técnico Felipão reconheceu, na entrevista coletiva após a eliminação do Atlético para o Palmeiras, que chegar ao título do Brasileiro este ano é algo praticamente impossível, devido à distância de 20 pontos do líder Botafogo.

Eliminado também na Copa do Brasil, o alvinegro inicia hoje, contra o Bahia, às 11h, no Mineirão, a luta por vaga na Libertadores ou na Sul-Americana, em 2024. Afinal de contas, ter um estádio moderno e atrativo, como a Arena MRV, mas não disputar competições importantes do continente seria um desastre completo.

De quem é a culpa pelo mais recente fracasso do Galo na Libertadores? Os responsáveis diretos são os jogadores, o técnico, enfim, todos aqueles que diretamente participam do jogo, mas a maior parcela é da diretoria, que não foi competente ao renovar o time, não contratou reforços, mas, sobretudo, por não ter um planejamento para o modelo de time ou não saber o que quer neste sentido.

Uma hora contrata treinador que joga de um jeito, demite, contrata outro que prefere um estilo totalmente oposto, como foi o caso da troca recente de Coudet por Felipão.

Se existe esperança de que aconteça algo positivo nos próximos anos é que, com a chegada da SAF, o Atlético passe a ter uma diretriz, um modelo de jogo para o seu time, a ser seguido e respeitado por quem estiver no comando.

Outro desafio
O Cruzeiro não jogou no meio da última semana e os jogadores e a comissão técnica assistiram de “camarote” o seu próximo adversário pela 19ª rodada do Brasileiro, o Palmeiras, que empatou de 0 x 0 e eliminou o rival Atlético na Libertadores.

Além do campo de grama sintética da Toca-2, similar ao que irá encontrar no Allianz Parque, amanhã, o maior aliado dos jogadores do Cruzeiro para este novo desafio é o tempo disponível para treinar e se preparar, já que a última partida foi uma semana atrás, quando empatou com o Botafogo, no Mineirão.

Com o desgaste devido ao jogo duríssimo contra o Galo, alguns titulares do Palmeiras devem ser poupados, o que pode ajudar ainda mais o time comandado pelo técnico Pepa, que perdeu por contusão o recém-contratado Mateus Pereira, mas, por outro lado, será recompensado com a volta do atacante Bruno Rodrigues.

FIM DE PAPO

Nos dois jogos contra o Palmeiras, pela Libertadores, o goleiro Everson foi o melhor jogador do Atlético em campo. Boa parte da torcida não o queria como titular e muita gente ainda quer vê-lo longe da Cidade do Galo. Agora, o vilão é Paulinho, por conta do gol feito que perdeu no Allianz Parque. Jovem, 23 anos, Paulinho realmente não vem jogando bem desde a chegada de Felipão, mas quem tiver a resposta certa que atire a primeira pedra: atualmente, existe algum jogador voando baixo neste time do Galo comandado pelo Felipão?

O lance do pênalti não marcado a favor do Galo, no jogo com o Palmeiras, continua rendendo e divide opiniões dos comentaristas especializados em arbitragem. O lateral Mayke afasta a bola de cabeça, mas ela bate claramente no braço aberto do volante Gabriel Menino. O árbitro argentino Fernando Rapallini não marcou o pênalti alegando que a bola saiu de um companheiro para o outro, no caso de Mayke para Menino, ambos do Palmeiras. A regra não é clara, pois chancela a decisão polêmica do árbitro e, por outro lado, diz também que se o infrator “ampliar o espaço” com o toque de mão, como foi o caso, o pênalti deve ser marcado. Muito longe de me incluir no “complexo de vira-latas” de Nelson Rodrigues, em minha opinião, o Atlético foi prejudicado.

O que Ronaldo Fenômeno e a direção da SAF/Cruzeiro não podem reclamar, nesse primeiro ano à frente do clube, é da torcida que tem comparecido em massa aos jogos do time como mandante. Embora os resultados não sejam satisfatórios, pois o time ainda não venceu no Mineirão nesta temporada, o Cruzeiro já está perto de somar R$ 13 milhões com arrecadação de bilheteria. Curiosamente, a maior renda - R$ 3.114.069,18 -, não foi registrada no Mineirão, mas no Parque do Sabiá, em Uberlândia, no clássico da 9ª rodada do Brasileiro contra o Atlético. A segunda maior arrecadação foi no jogo contra o Fluminense com o registro de R$ 1.577.927,44, pela 5ª rodada, no Mineirão.

O Campeonato da Arábia Saudita começou a ser mostrado, na última sexta-feira, por TV aberta e fechada do Brasil. Por conta das contratações que somam cerca de R$ 2 bilhões, que incluem nomes como Cristiano Ronaldo, Kanté, Mané, Firmino, Benzema, entre outros, a Band comprou os direitos para transmitir na TV aberta e no BandSports, canal por assinatura do grupo, enquanto a Goat, plataforma de streaming recém-lançada, também vai exibir os jogos. A temporada 2023/2024 da Liga da Arábia Saudita vai contar com 34 rodadas e se encerra em 27 de maio de 2024. Estou curioso para ver a audiência da Liga da Arábia Saudita no Brasil. Tem muitos atletas brasileiros conhecidos que atuam por lá, mas, mesmo assim, tenho dúvidas se haverá qualidade nas partidas para além de alguns bilharecos dos craques. (Fecha o pano!)

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