08 de agosto, de 2023 | 06:00

Jogo fraco

Fernando Rocha

Esperava mais do jogo entre Cruzeiro e Botafogo, que empataram em 0 x 0, diante de 44.759 pessoas no Mineirão que proporcionaram a renda de R$ 2.368.777,50.

O jogo foi pobre do ponto de vista técnico ou de espetáculo, com muita correria e pouca produtividade dos dois lados, principalmente do líder isolado e sensação do Campeonato Brasileiro, o Botafogo, que praticamente não chutou ao gol celeste e fez do goleiro Anderson, reserva que atuou no lugar do suspenso Rafael Cabral, um expectador privilegiado da partida.

O melhor em campo, a meu juízo, foi o volante Lucas Silva, que se tornou condutor de todas as ações ofensivas e defensivas do time comandado por Pepa, dando o toque de qualidade que faltava ao meio de campo da Raposa. Mateus Pereira e Arthur Gomes estiveram um pouco abaixo em intensidade.

Com esse empate, o Cruzeiro caiu uma posição, em 11º, com 24 pontos ganhos, mesma pontuação do rival Galo, que só está à sua frente, em 10º, pelos critérios técnicos. O próximo jogo será contra o Palmeiras, na segunda-feira próxima, às 19h, no Allianz Parque.

Vitória do alívio
O Galo derrotou o São Paulo, por 2 x 0, e calou o Morumbi com mais de 55 mil torcedores do tricolor paulista presentes. Após dez jogos, e há exatamente dois meses, o torcedor alvinegro comemorou a primeira vitória sob o comando de Felipão, que pode respirar mais aliviado.

Dessa vez, o time mostrou organização, sobretudo no setor defensivo, que soube resistir à pressão do adversário e não sofrer gols. O time foi, também, objetivo e competente no ataque, algo que faltou nas derrotas em jogos anteriores, quando o rendimento não se traduziu em resultados.

Hulk, o melhor em campo, voltou a ser decisivo ao abrir o placar numa belíssima cobrança de falta de longa distância, logo aos 3 minutos do primeiro tempo.

Felipão soube usar as opções de banco e todos que entraram deram conta do recado, inclusive Patrick, muito criticado pela torcida, que puxou um contra-ataque e sofreu o pênalti que Pavón converteu com categoria, aos 23 minutos do segundo tempo, fechando o placar de 2 x 0.

O Galo volta a jogar pelo Brasileirão no próximo domingo, Dia dos Pais, às 11h, quando recebe o Bahia, no Mineirão.

FIM DE PAPO

O valadarense Matheus Mendes, 1,91 m de altura, 25 anos, cria do Galo, substituiu o titular Everson, que estava suspenso, e se deu muito bem. Quando o São Paulo exercia a maior pressão em busca do empate, Matheus fez três grandes defesas e passou segurança ao time todo. Acho ainda prematuro, em respeito ao passado de Everson, falar que deveria ser o titular, mas é fato que virou uma sombra de muita qualidade. O melhor em campo, eleito pela Globo, foi Hulk não só pelo belíssimo gol de falta, mas por ter voltado a ser um craque fora da curva. Destaque, também, para as atuações de Saravia, Igor Rabelo, Hyoran, Otávio e Bataglia.

O América tomou outra taca, desta vez por 3 a 1 do Bahia, em Salvador, assumindo novamente a lanterna que era o Vasco. A diretoria, finalmente, resolveu agir e demitiu o técnico Vagner Mancini. Qualquer que seja o seu substituto vai encontrar muitas dificuldades, pois, a partir de agora, com o rebaixamento à vista, o lado emocional exerce influência direta e a bola, além não entrar de jeito nenhum, passa a queimar no pé até dos mais experientes jogadores.

A China Azul fez a sua parte incentivando o time todo o tempo, mas o Cruzeiro não saiu do empate e continua sem vencer em sua “casa”, o Mineirão. Apesar de já estarmos no oitavo mês do ano, este jogo contra o Botafogo foi apenas a quarta vez em que o time celeste jogou nessa temporada no “Gigante da Pampulha”. Nas outras três ocasiões, perdeu de 2 a 0 para o Fluminense e de 1 a 0 para o Fortaleza, ambos pela Série A, e de 1 a 0 para o Grêmio, pela Copa do Brasil.

Lento, previsível, fraquíssimo na defesa e inofensivo no ataque, o Flamengo de Jorge Sampaoli tomou um “sapeca-iá-iá” merecido, de 3 x 0 pro Cuiabá, na Arena Pantanal. O fogo no parquinho rubro-negro vai se alastrando ao ponto de merecer uma ácida crítica do jornalista Renato Maurício Prado, flamenguista assumido, em sua coluna no “Uol”: “Jorge Sampaoli é um caótico enganador. Um técnico que nem em seu próprio país é levado a sério, depois da Copa ridícula que fez no comando do grupo que, quatro anos depois, sob a batuta do inexperiente Lionel Scaloni, permitiu a Messi levantar o tão ambicionado e merecido troféu. Tal como faz agora no Flamengo, no Mundial de 2018, foi incapaz de montar um time e um esquema decentes na talentosa Argentina e brigou com praticamente todos os jogadores”. (Fecha o pano!)

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