
02 de agosto, de 2023 | 08:00
IMA adota rotina especial durante alerta contra gripe aviária
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) manterá as inspeções, de forma escalonada durante o mês de agosto em propriedades e estabelecimentos mapeamento de pontos com registro de pouso de aves migratórias. O trabalho integra uma séria de ações para controle do vírus Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1).
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), tem reforçado a vigilância sanitária em Minas Gerais desde o fim de 2022, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu nota de alerta sobre o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) na América do Sul. Com o objetivo de proteger o setor agropecuário e a saúde pública, o IMA expandiu suas ações em três frentes estratégicas, a partir das notificações oficiais dos primeiros focos da doença no Brasil.
Dados divulgados pelo órgão esclarece que uma das primeiras estratégias adotadas pelo IMA como medida de prevenção à doença foi a expansão do monitoramento de propriedades que recebem animais provenientes de estados brasileiros com focos da gripe aviária.
Para isso a instituição utiliza o relatório de "Guia de Trânsito Animal", no qual constam todos os documentos sanitários que acompanham o transporte de animais pelo território nacional. Com base nessas informações, o IMA pode rastrear a origem e o destino da carga viva.
A segunda ação é a intensificação das vistorias em estabelecimentos agropecuários localizados nas regiões de fronteira com Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Bahia, estados que já confirmaram casos de aves contaminadas pelo vírus. Durante as fiscalizações, o IMA verifica se as medidas de biosseguridade estão sendo devidamente aplicadas pelos estabelecimentos, uma exigência sanitária ainda mais relevante durante o enfrentamento à doença.
Mapeamento
A terceira atividade está relacionada ao mapeamento de pontos com registro de pouso de aves migratórias. O Núcleo de Inteligência do IMA identificou esses locais no estado e, com base nessas informações, a equipe técnica estabeleceu um cronograma de visitas a propriedades e estabelecimentos em diferentes etapas.
As inspeções, que ocorrem de forma escalonada, iniciaram no mês de junho em um raio de 3 km, realizadas em julho por um raio de 5 km e serão finalizadas neste mês de agosto em um raio de 10 km.
As vistorias organizadas de forma escalonada visam a eficiência e otimização de recursos, porque a força-tarefa demanda um grande número de visitas. Nosso objetivo é finalizar a varredura com a maior agilidade possível. Como já começou o verão no hemisfério norte, acreditamos que todas as aves migratórias já deixaram o estado. Agora, o essencial é nos certificarmos de que as nossas aves não foram contaminadas”, explica a médica veterinária do instituto e coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Izabella Hergot.
Sinais
Conforme orientações repassadas pelo IMA o produtor rural deve estar atento aos sinais da influenza em suas granjas. Alguns indícios comuns são a morte súbita de aves ou o aumento da mortalidade em um período de 72 horas, além de depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora.
O órgão também alerta que o H5N1 pode dizimar plantéis em pouco tempo. Em casos de suspeitas, o IMA recomenda que o avicultor faça uma notificação pelo WhatsApp (31) 98598-9611, por e-mail ou compareça pessoalmente em uma das unidades do instituto.
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