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29 de julho, de 2023 | 07:00

Queda no desemprego é resultado de ação coordenada de políticas econômicas, explica economista

Arquivo pessoal
Profissional comentou sobre a taxa de desocupação, que foi de 8% no trimestre encerrado em junho, menor resultado para o período desde 2014Profissional comentou sobre a taxa de desocupação, que foi de 8% no trimestre encerrado em junho, menor resultado para o período desde 2014

Nesta sexta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. O levantamento mostrou que o número de pessoas desocupadas no país caiu. A taxa de desocupação foi de 8% no trimestre de abril a junho de 2023, menor resultado para o período desde 2014, segundo o IBGE. É uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março. E uma queda de 1,3 ponto percentual comparada ao mesmo período do ano anterior (9,3%).

A pesquisa revelou ainda que a população ocupada (98,9 milhões) cresceu 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e aumentou 0,7% (mais 641 mil) frente ao mesmo trimestre de 2022.

Diante dos números, a pergunta que se faz é: esse recuo no desemprego é resultado de quê? A reportagem do Diário do Aço levou esse questionamento ao economista Gelton Pinto Coelho, que atua no Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG). Segundo ele, a redução é justificada por uma série de fatores relacionados às medidas adotadas pelo governo federal.

“A economia está crescendo, retomando o crescimento, por isso mais gente contratada. É uma ação coordenada de políticas econômicas visando o crescimento”, explicou. O economista ressaltou que o crescimento da economia e a queda no desemprego no país poderiam ter sido ainda mais expressivos se as taxas de juros estivessem menores.

Tendência
Gelton afirmou que a tendência futura é de recuperação salarial e aumento do consumo de bens de consumo duráveis, como automóveis, televisor, geladeira. “Com a retomada da renda e do emprego, as pessoas vão voltar a estudar e se qualificar melhor. E o mercado tende a contratar com mais prazo para melhorar a qualidade do atendimento e serviços”, argumentou.

Em relação ao Vale do Aço, a expectativa de Gelton é positiva. “Para o Vale do Aço especificamente, a retomada do crescimento do país vai gerar ainda mais demanda para as grandes empresas. Empregos com melhor qualificação e renda sendo possível observar uma retomada mais rápida que no restante do país”.

Ações e seus reflexos
O economista salientou que algumas das medidas adotadas pelo governo Lula (PT), neste início de mandato, refletiram no cenário econômico do país. Uma delas foi a antecipação do 13º salário dos beneficiários da Previdência Social. “Ajudou a aquecer o comércio e o setor lojista”, pontuou. A queda no valor dos combustíveis também foi sinalizada por Gelton. “A redução dos combustíveis e dos índices de deflação possibilitou uma melhora dos preços de alimentação doméstica gerando ampliação na venda dos supermercados”. Outra ação que deve trazer efeitos positivos é o Programa Desenrola. “É possível que tenha potencial de recuperar o crédito e proporcionar modelos de negócios que não eram viáveis economicamente”, finalizou.
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Comentários

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Felis

29 de julho, 2023 | 08:58

“Ou seja estao colocando a saudaçao ao governo atual mais se nao fosse. A politica do governo anterior. Nos nao sentiriamos esse reflexo agora.”

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