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29 de julho, de 2023 | 00:01

Projeto valoriza cultura e artesanato em “Jequitinhonha: Origem e Gesto”

As culturas e tradições do Vale do Jequitinhonha são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A iniciativa propõe de maneira inédita a junção de expressões artísticas, como a cerâmica, a pintura e a dança, ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, em Belo Horizonte. O projeto é realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado em parceria com o Sebrae Minas.

O anúncio do projeto que aproxima as obras dos artistas do Jequitinhonha e o trabalho da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA), criando uma linguagem híbrida, aconteceu na quarta-feira (26), em coletiva de imprensa realizada no Palácio das Artes. A solenidade contou com a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, do secretário-executivo de Estado de Desenvolvimento Econômico, Guilherme da Cunha, do presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva e do coordenador-geral do Projeto Jequitinhonha, Marco Paulo Rolla, entre outras autoridades.

Leo Bicalho/Secult
Apresentação cultural no lançamento do projeto: junção inédita de expressões artísticasApresentação cultural no lançamento do projeto: junção inédita de expressões artísticas
“Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do Palácio das Artes, em dois momentos, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. No primeiro, será a inauguração, na quinta-feira (3/8), às 19h, de uma exposição panorâmica com obras dos principais artistas e artesãos da região, composta por 100 peças históricas, vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP) e do Sebrae-MG , além de criações atuais feitas especialmente para a ocasião.

Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. Neste mesmo cenário, ocorrerá, na sexta-feira (4/8), às 20h, a estreia da coreografia da Cia. de Dança Palácio das Artes, também batizada de “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A partir daí, nos finais de semana, ao longo dos meses de agosto e outubro, a coreografia será encenada em sessões gratuitas.

Assim como “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, as demais atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores a Cemig e o Instituto Cultural Vale, além de patrocínio máster da ArcelorMittal, patrocínio da Usiminas e da Vivo e correalização das atividades da APPA - Arte e Cultura.

Múltiplas artes
A proposta da exposição “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, segundo Marco Paulo Rolla, é uma interpretação das culturas do Vale do Jequitinhonha a partir de múltiplos suportes. Com as obras dispostas na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, entre artesanato, pintura e videoinstalação, a exposição vai traçar uma narrativa histórica e interpretativa a respeito da formação da identidade cultural daquela região.

O barro, matéria-prima de inúmeros trabalhos artesanais, é o ponto de partida para a expografia, que inclui uma videoinstalação com registros feitos durante a pesquisa da Cia. de Dança Palácio das Artes na região. Além disso, pinturas de Gildásio Jardim, artista natural de Joaíma, no Baixo Jequitinhonha, fazem parte da exposição e abordam o cotidiano daquele povo, em que a personalidade do retratado se funde com as estampas do tecido.

Para a composição da parte coreográfica do projeto, a Cia. de Dança Palácio das Artes realizou uma pesquisa sobre as características culturais do Jequitinhonha. Em abril, o corpo artístico se dirigiu a Turmalina, no Alto Jequitinhonha, e conheceu um pouco mais da cultura local, seu povo e suas nuances. A coleta de material envolveu visitas a espaços de artesanato e outros centros comerciais, bem como o olhar apurado dos bailarinos para as diferentes facetas da região. A partir do contato com os moradores e as múltiplas culturas, os bailarinos passaram a criar, coletivamente, a nova coreografia.

Feita em Minas
Para realizar o projeto Jequitinhonha, o Centro Mineiro de Artesanato (Ceart) envolveu toda uma cadeia produtiva da criatividade na confecção de novas obras. Parte delas poderá ser vista na exposição, recriando o cenário real de inspiração do projeto, e as demais serão comercializadas na loja da entidade, instalada na entrada do Palácio das Artes.

O Centro de Artesanato foi fundado em 1969 e é responsável pela pesquisa, divulgação, comercialização e desenvolvimento do artesanato tradicional e da arte popular em Minas Gerais. O Ceart mantém um acervo de mais de 20 mil peças feitas com matérias-primas diversificadas como cerâmica, madeira, vidro, metal e fibras. As obras retratam a riqueza cultural de Minas Gerais, marcada por influências religiosas, cotidianas e regionais. Valorizando o artesão e sua obra, o Ceart contribui para ampliar as oportunidades de inclusão socioeconômica por meio dessa importante produção do artesanato tradicional e da arte popular mineira.
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