
22 de junho, de 2023 | 06:00
''Líder religioso'' é preso pela PCMG por abuso sexual infantil
Divulgação PCMG
Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) confirmou que homem se apresentava como líder religioso e fazia campanha contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, quando na prática ele era um abusador

Um homem, de 34 anos, foi preso em uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (21/6), em uma operação contra abuso sexual infantil. O investigado foi preso em uma residência no bairro Horto Florestal, região Leste de Belo Horizonte. Na ação, a PCMG também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o alvo e o aparelho de telefone celular dele foi recolhido. A investigação mostrou que o homem era um verdadeiro "lobo" na pele de cordeiro.
A investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) foi iniciada com denúncias contra o homem, que além de se apresentar como "líder religioso" também é atuante em órgãos de combate à violência sexual infantojuvenil na capital. O investigado também participava de campanhas, eventos e palestras sobre o tema e atraía as vítimas para um circo. Na prática, o próprio homem era um abusador.
Em entrevista nesta quarta-feira, a delegada Thais Degani, que preside o inquérito policial, relatou que, além de ser líder religioso de uma igreja, o investigado criou um grupo e levava os adolescentes e as crianças para um circo, onde eles faziam atividades circenses e, na maioria das vezes, o investigado arcava com todos os gastos, como transporte, alimentação, etc.”, explica. Ele também criou vários órgãos de combate à pedofilia, ou seja, se portava diante da sociedade como uma pessoa que lutava contra a exploração sexual infantil”, complementa.
Ainda, de acordo com a delegada, as vítimas se sentiam coagidas a denunciar diante da representatividade do suspeito no combate à pedofilia. Atualmente, o investigado é coordenador do Fórum de Enfrentando à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e já recebeu condecorações pela atuação na causa.
Até o momento, três vítimas do sexo masculino foram identificadas, hoje duas delas são jovens, um de 20 e outro de 25 anos. Segundo o depoimento dessas vítimas, elas tinham à época dos fatos idades que variam de 13 a 17 anos. Todos os relatos são bem parecidos de como ele praticava os abusos e buscava a confiança de vítimas e familiares”, relata a delegada. A investigação segue em andamento, inclusive para identificar novas vítimas. A PCMG informou que, por força de lei, não divulga o nome do investigado.
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Priscila Doris
22 de junho, 2023 | 11:54Como diz o Ratinho, este lider religioso é mó via***”
Antonio
22 de junho, 2023 | 10:21Aposto que ele falou " em nome de Jesus" e repetiu "Amem, Amem"”