13 de junho, de 2023 | 06:00
Coudet fora
Fernando Rocha
Coudet manifestou, novamente, seu descontentamento com a saída de jogadores e disse que o atual elenco não estava pronto para ganhar títulos, sendo rebatido prontamente pelo diretor que disse ter “confiança no grupo atual”, além de ser preciso “respeitar a hierarquia” do clube.
Foi a segunda vez e última que Coudet demonstrou descontentamento público por conta da saída de jogadores, com os quais falou em tom de despedida no vestiário, batendo de frente com a diretoria.
Na entrevista coletiva pós-jogo, que demorou muito além do normal para começar, o agora ex-técnico do Galo foi bem sucinto nas respostas e não quis comentar a saída de jogadores.
Ainda na noite de sábado, Coudet viajou para passar o período de folga com a família na Argentina, mas, na tarde de domingo, a diretoria oficializou a sua saída, deixando claro que irá cobrar dele na Justiça a multa de cerca de R$ 20 milhões. Fora do comando da equipe, não deixou claro se irá pedir demissão e abrir mão da multa contratual, que hoje está na casa dos R$ 25 milhões.
Quem contratar?
O dilema da diretoria alvinegra neste momento é encontrar um substituto à altura para Eduardo Coudet, uma vez que faltam boas opções livres no mercado nacional e um novo técnico estrangeiro demoraria um tempo para se adaptar ao clube.
“Não sei se rio ou se choro”, escreveu um atleticano, leitor da coluna, nas nossas redes sociais, pois, se estava ruim com o argentino, pode ficar bem pior sem ele agora que o time fará jogos importantes e decisivos pelo Brasileirão e, sobretudo, pela Libertadores.
Queiram ou não os seus críticos, entre os quais me incluo, Coudet conseguiu dar padrão de jogo ao time, definiu a equipe titular, foi o principal causador da eliminação na Copa do Brasil, mas manteve o time no G-4 do Brasileiro e muito próximo de se classificar ao mata-mata da Libertadores.
FIM DE PAPO
O empate do Galo com o Bragantino o distanciou 6 pontos do líder Botafogo, que venceu o Fortaleza, em casa, por 2 x 0. Em relação ao Palmeiras, vice-líder, que também venceu de 2 x 0 o clássico com o São Paulo, a diferença agora é de 4 pontos. O Galo e os demais times só voltam a jogar no Brasileiro a partir do dia 21, em razão da data Fifa. O próximo adversário será o Fluminense, no Maracanã.
Não gostei do jogo do Cruzeiro que terminou 2 x 2 com o Bahia, em Salvador. Como diria o mestre José Rodrigues do Amaral, o Carioca, foi um jogo “insonso, inodoro e incolor”. Pelo menos, ironicamente, nos primeiros 45 minutos foram marcados três belíssimos gols. Coisas que só os deuses do futebol podem explicar. Quase no fim, o assoprador de apito, caseiro, Rodrigo José Pereira de Lima (PE), doidinho para ajudar o time da casa, anulou o gol de Rodrigo Dourado, que seria o da justa vitória celeste, pois foi o time que jogou melhor, principalmente no 2º tempo. Com mais este empate, o Cruzeiro chegou ao sexto jogo seguido sem vitória, mas permanece no meio da tabela.
Assisto, mas não curto essas partidas de ligas europeias. A decisão da Champions é um desses xaropes, mas, desta vez, acompanhei e torci pela vitória do Manchester City, que acabou acontecendo, por 1 x 0, sobre o modorrento Internazionale de Milão. Torci pelo City por causa de Pep Guardiola, o melhor treinador do mundo, cujos trabalhos e ideias admiro muito. Assusta-me as cifras dos gastos desse City, adquirido em 2008 pelo xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, da família real de Abu Dhabi, que é temida até por seus familiares, devido à perseguição aos opositores do regime ditatorial que vigora naquele país árabe.
Para chegar ao topo do futebol europeu, o governo dos Emirados Árabes Unidos gastou nos últimos 15 anos algo em torno de R$ 12 bilhões, que levou um clube, até então pouco acostumado a elencos repletos de grandes nomes, a ter algumas estrelas do porte de Carlos Tevez, Kun Aguero, Kevin de Bruyne, Erling Haaland, além do técnico Pep Guardiola. (Fecha o pano!)
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