06 de junho, de 2023 | 10:00
Educadores da rede estadual farão paralisação nesta quarta-feira
Entra ano, sai ano, e os educadores permanecem firmes no propósito de alcançar a tão almejada valorização profissional. Nesta quarta-feira (7) os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais, sob coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), farão uma nova paralisação.
Profissionais de várias cidades de Minas Gerais, incluindo do Vale do Aço, vão juntar forças e se encontrar em Belo Horizonte para um ato unificado. Os trabalhadores devem participar de atividades programadas na agenda da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e em seguida de um ato público que reunirá caravanas de todo o estado.
Reivindicações
Em entrevista concedida ao Diário do Aço, a diretora do Sind-UTE, subsede Ipatinga, Isaura Azevedo Carvalho detalhou quais solicitações pautam o movimento. Nossas reivindicações são pelo reajuste imediato do piso salarial, definido em nível nacional em 14,95% para esse ano, e pelo pagamento imediato das movimentações na carreira”, pontuou.
A diretora do Sind-UTE Ipatinga esclareceu que a segunda reivindicação citada se refere a benefícios previstos na carreira, adquiridos com o tempo de exercício do servidor, que se chama Adicional de Valorização da Educação Básica (Adveb). O governo tem travado a publicação, trazendo prejuízo aos servidores”, informou.
Aumento de salário de Zema
Isaura fez questão de lembrar que no início do mês passado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou o reajuste do primeiro escalão do Poder Executivo estadual, inclusive do seu próprio salário, que passará de R$ 10.500 para R$ 41.845,49, até 2025 (reajuste de 298%). Enquanto o governador tem um reajuste de 300% aprovado recentemente, envia para Assembleia Legislativa um reajuste geral de 12% para os servidores, sem considerar a especificidade dos recursos da Educação”, lamentou.
Isaura mencionou o projeto de lei para reajustar em 12,84% o Piso Nacional do Magistério em Minas Gerais, protocolado no dia 30 de maio, pelo governo de Minas na ALMG. O que assegura que o valor do vencimento básico dos servidores do magistério no Poder Executivo de MG seja equivalente ao piso nacional. Em Minas Gerais, a carga horária dos professores da educação básica é de 24 horas semanais e o piso foi estabelecido em âmbito nacional para uma carga horária semanal de 40 horas”, justificou a administração estadual.
É importante lembrar que em janeiro deste ano, o Ministério da Educação elevou o piso nacional dos professores em 14,9%, passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55, para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais.
Caravana
O Sind-UTE Ipatinga está organizando uma caravana para levar os profissionais da região para o ato programado em BH nesta quarta-feira. Os interessados devem fazer contato por meio do WhatsApp (31) 98519-4210 para informar os dados. A expectativa do sindicato é de uma adesão significativa na região. Em repúdio ao descaso demostrado pelo governo estadual com trabalhadores em Educação”, concluiu Isaura.
Outros servidores
Nesta segunda-feira (5), durante entrega de viaturas à Polícia Militar do Meio Ambiente, Zema declarou que caberá à Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG) avaliar quais poderão ser os reajustes possíveis para os servidores públicos mineiros. Nossa Secretaria de Fazenda vai mostrar dados se poderemos ou não dar outros reajustes, então tudo vai depender da lei de responsabilidade fiscal. Eu sou um governador que segue a lei, eu vou fazer o que a lei fala”, disse.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Silva
06 de junho, 2023 | 23:07Espero quando for repor as aulas da paralização, não leva os alunos para sala de vídeo.”