05 de junho, de 2023 | 16:00
Estados debatem políticas públicas para os setores cultural e turístico
Dois projetos foram definidos durante a reunião do grupo de trabalho Cultura e Turismo” no 8º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud): a criação do Observatório de Políticas de Cultura do Cosud e o Centro de Inteligência do Turismo. Secretários de cultura e de turismo, entre outros representantes dos sete estados que integram o consórcio, trabalharam nessas propostas na tarde de sexta-feira (2/6), no anexo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em Belo Horizonte.As iniciativas têm os objetivos de desenvolver indicadores e monitorar dados nos setores culturais e turísticos dos estados das regiões Sul e Sudeste do país. Estabelecer uma padronização e harmonização dos indicadores, a fim de obter conhecimento sobre a situação atual, é outro desdobramento almejado para suprir os estados com informações gerenciáveis. A compreensão dessa realidade é fundamental para a realização de decisões estratégicas com foco na geração de emprego e renda em ambos os segmentos.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, explicou a importância dessa iniciativa. Na cultura, a ideia é mapearmos os indicadores, promovendo um diagnóstico das ações culturais no bloco constituído pelos sete estados do Cosud. São dados, especialmente, relacionados à indústria criativa e também referentes à produção cultural no bloco, bem como a geração de emprego, medindo o retorno dos investimentos na cultura para o próprio setor e para a sociedade. Na área do turismo, a construção de indicadores visa permitir que metodologias sejam compartilhadas, estratégias definidas a fim de implementarmos políticas públicas em conjunto, em especial no marketing a promoção”, pontuou.
Dados essenciais
A escassez de dados nesses setores representa um desafio para a elaboração de políticas públicas, o que instiga o desenvolvimento de métodos para analisar esses resultados. O problema histórico que a cultura tem é a falta de indicadores. A cultura vem se esforçando para colocar recursos, ter políticas públicas para trabalhadores da cultura, para a preservação de patrimônio. Enfim, tem muitas frentes e poucas possibilidades de termos esses indicadores, de fazer com que todo o investimento que se faça na cultura possa também viabilizar a extração desses dados”, sublinhou Beatriz Araújo, secretária de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.
Dentre os dados essenciais que o Centro de Inteligência do Turismo e o Observatório de Políticas de Cultural devem considerar, encontram-se geração de emprego e renda”, o fluxo turístico”, receita nominal”, PIB do turismo”, PIB da cultura” e a representatividade econômica” nos níveis municipal e estadual. A ausência de tais dados compromete uma estruturação ordenada dos setores, a eficiência na aplicação e alocação de recursos e políticas públicas e o desenvolvimento sustentável.
Leônidas Oliveira também observou a relevância desses dados nas análises sobre o turismo cultural. A partir do trabalho, poderemos compreender melhor quanto os estados do Cosud estão gerando em termos de emprego e renda, dentre outros indicadores tendo a cultura como produto e o turismo como o promotor e indutor do consumo da indústria cultural”, concluiu.
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