02 de junho, de 2023 | 13:50

Ipatinga registra primeira morte por dengue em 2023

O município de Ipatinga registrou o primeiro óbito por dengue neste ano. O caso foi confirmado pela administração municipal nesta sexta-feira (2). A vítima foi um idoso de 61 anos, residente no bairro Horto. Esse é o primeiro caso de Ipatinga este ano e o segundo óbito na macrorregião de saúde do Vale do Aço, já que Caratinga registrou o primeiro caso, em abril.

Em nota, o governo ipatinguense informou que o óbito ocorreu em 20 de abril deste ano no Hospital Metropolitano Vale do Aço (Unimed). “A investigação foi conduzida pela Vigilância Epidemiológica de Coronel Fabriciano e pela Superintendência Regional de Saúde (SRS), tendo sido concluída no dia 26 de maio”, afirmou.

Conforme a administração, o resultado do exame específico, realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), foi liberado no dia anterior à conclusão da investigação. “Inicialmente, a comunicação do caso foi feita de forma informal pela Secretaria Regional de Saúde de Coronel Fabriciano em 26 de maio. Após encerramento da investigação e reforçando o seu papel responsável e de ampla transparência, a Secretaria de Saúde de Ipatinga decidiu comunicar oficialmente após receber todos os documentos comprobatórios relacionados ao óbito e à investigação epidemiológica”, ressaltou.

O governo municipal ainda ressaltou que as autoridades competentes estão adotando todas as medidas necessárias para o controle e prevenção da dengue no município de Ipatinga. “Reforçamos a importância da conscientização da população sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, como eliminar recipientes que acumulem água parada e manter caixas d'água e piscinas devidamente tratadas. Neste momento, nossa solidariedade está com a família enlutada e reforçamos nosso compromisso em continuar trabalhando arduamente para garantir a saúde e bem-estar de todos os munícipes”, concluiu.

Óbito em Caratinga
No dia 27 de abril, foi registrada a primeira morte por dengue na macrorregião do Vale do Aço neste ano. A Secretaria Municipal de Saúde de Caratinga informou que após exame laboratorial realizado pela Funed, ficou confirmada a morte por dengue de uma mulher de 53 anos, moradora do distrito de São Cândido, conforme a nota divulgada pelo jornal Diário de Caratinga. “A paciente possuía comorbidades. Ela foi admitida no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora no dia 16 de março e evoluiu à óbito no dia 1 de abril”, informou.

Óbito em investigação
Conforme os dados do Painel Arbovirose da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), há um óbito por dengue em investigação em Ipatinga. Neste ano, o município já soma 7.150 casos confirmados pela doença. Já na macrorregião do Vale do Aço, composto por 35 municípios, são 13.026 casos confirmados de dengue e quatro óbitos em investigação e dois óbitos confirmados (um em Ipatinga e um em Caratinga).

Doença
Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. “O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente”, destaca.

Sintomas
O Ministério da Saúde informa que a infecção por dengue pode ser assintomática, apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. “Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (acima de 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele”, explicou.

Quadro grave
A pasta ainda alerta que também podem acontecer erupções e coceira na pele. “Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas”, destaca.
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

02 de junho, 2023 | 14:56

“Não sei se foi descaso, ou descuido, por parte do poder público e da população, que estavamos muito mais preocupados com a pandemia da Covid-19 e todas as suas consequências. Agora temos que correr contra o tempo para tentarmos, pelo menos, evitar novos casos graves de dengue e chikungunya, os quais têm aumentado de forma exponencial.”

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