
01 de junho, de 2023 | 08:00
Ilha do Rio Doce: mães pedem a contratação de monitor para atuar no transporte escolar
Pais relataram que no trajeto há alunos colocando parte do corpo para fora do veículo em movimento e brigas são frequentes
Enviado por leitor
Os alunos são transportados do bairro onde moram, na Ilha do Rio Doce, até o local onde a escola está instalada, no vizinho Porto Seguro

As mães de alunos que vivem no bairro Ilha do Rio Doce, em Caratinga, estão apreensivas quanto à segurança dos filhos durante o trajeto de ida até a escola, localizada no vizinho Residencial Porto Seguro, e no retorno para casa. O transporte desses alunos é fornecido pela administração pública de Caratinga, em um ônibus escolar. As mães se queixam da ausência de um monitor que acompanhe as viagens diárias.
A contratação de um profissional é necessária, segundo as mães, porque durante o percurso são registradas brigas entre os estudantes, inclusive, tal situação já teria culminado com um aluno ferido no rosto. Além dos desentendimentos durante a viagem, há crianças que projetam parte do corpo para fora do veículo em movimento. Na ida e volta é percorrido um trecho de dois quilômetros na BR-458.
Pelo relato das mães, que pediram à reportagem do Diário do Aço para não serem identificadas, é possível perceber a aflição. São desde brigas corriqueiras, até às graves. As idades são variadas, pois há alunos de quatro anos acima. Todos os dias têm conflitos. Em um desses episódios, uma menina agrediu um menino e o arranhou inúmeras vezes, quase perfurando seu olho. É normal as crianças colocarem as mãos e até mesmo a cabeça fora da janela. Nosso medo é enorme”, detalhou a mulher cuja filha de cinco anos usa o serviço.
Em alguns casos, de acordo com a mãe de uma estudante de nove anos, o motorista precisa intervir. O medo dela é que uma dessas situações motive um acidente. Às vezes as crianças brigam dentro do ônibus e o motorista tem que parar o veículo para separar. Têm crianças que tiram a atenção do motorista. É necessária uma pessoa de confiança dentro do ônibus escolar para ajudar, porque só o motorista não adianta, ele é sozinho”, observou.
Insegurança
A mãe de um aluno que acabou ferido no ano passado, em um dos desentendimentos dentro do coletivo, desabafa que o sentimento é de insegurança. A gente é mãe, a gente perde o sentido, fica com medo, o filho vai para escola e enquanto não chega não fico realmente tranquila. São crianças pequenas de cinco, seis anos colocando braço para fora do ônibus, colocando a cabeça. A gente fica insegura”, desabafou.
O filho que foi ferido no ônibus já está com 11 anos e não usa mais o serviço pois estuda em Ipatinga, mas ela tem uma outra criança de sete anos que ainda utiliza o transporte. Aconteceu com meu filho e amanhã os coleguinhas podem pegar um aluno e até matar, ou jogar para fora da janela do ônibus porque não tem segurança nenhuma”, declarou temerosa.
Sem resposta
A reportagem do Diário do Aço procurou a administração de Caratinga no fim da tarde de segunda-feira (29) e até o fechamento desta edição, na quarta-feira (31), o governo ainda não havia se manifestado sobre a cobrança feita pelas famílias.
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Marley
01 de junho, 2023 | 22:25Pode colocar monitor a polícia e tudo mais , se não tem educação, de nada vai adiantar .
Se tá com essa situação no ônibus de falta de respeito , imagina lá na escola .
E os professores como ficam nessa história .
Complicado demais .”
Carlos
01 de junho, 2023 | 15:22O DA vai l ficar sem resposta e a população sem monitor. CARATINGA só arrecada impostos pro lado de cá e o dinheiro fica por lá. Essa é a verdade. Mais puro descaso e vergonha.”