
28 de maio, de 2023 | 09:00
Liderança humanizada: entenda o conceito, características e benefícios dessa tendência
Arquivo Pessoal
''Uma empresa que possui liderança humanizada promove uma cultura mais sólida'', afirmou a especialista em Gestão de Negócios

Liderar não é uma tarefa das mais fáceis. Ser responsável por uma equipe, setor de uma empresa ou até mesmo por toda uma corporação, exige preparação e muita capacidade da pessoa a quem foi atribuída esta missão. Afinal de contas, ocupar um cargo de liderança não se resume apenas a distribuir e cobrar o cumprimento de tarefas. É preciso administrar conflitos, incertezas, problemas e se importar com a equipe, ou seja, o bem-estar dos profissionais.
E nessa jornada como trabalhador, muitos liderados já tiveram a oportunidade de experimentar diversos tipos de liderança, desde aquelas que marcaram positivamente, mas também as que deixaram lembranças nada agradáveis de serem recordadas. Tem líder democrático, técnico, motivacional, carismático, mas um estilo de liderança, em especial, está ganhando força nas empresas, principalmente com o advento da pandemia de covid-19: a liderança humanizada.
A especialista em Gestão de Negócios, Trainer Comportamental e Master Coach, Cilene Noman explica, em entrevista ao Diário do Aço, quais são as bases que fundamentam esta tendência de liderança. De acordo com a entrevistada, este modelo está diretamente ligado ao modo como o líder e, até mesmo a instituição, enxerga seu liderado.
Estamos dizendo que ela não é olhar para as pessoas somente como máquinas, igual acontecia nos primórdios da era industrial, que produziam para cumprir o resultado de um determinado trabalho para a qual elas foram contratadas, mais sim como partes integrantes de um grande quebra-cabeças, que possuem sentimentos, emoções, aspirações, querer e que esperam ser valorizadas pela importância que possuem neste contexto”, esclareceu.
Características
Segundo Cilene, um líder humanizado precisa ter como pilar de sua liderança, características como: empatia, inteligência emocional, autorresponsabilidade, autoavaliação, comunicação assertiva, perseverança, perspectiva, antifragilidade, delegar e promover autonomia, conhecer sua equipe e seus perfis para alinhar papeis e processos de forma efetiva, ser justo, disponível e flexível para obter resultados sustentáveis”, detalhou.
Começo de tudo
E apesar desse modelo ter ganhando ainda mais força atualmente, não é algo tão recente assim. A gestora de negócios esclareceu que não há uma data definida quanto ao seu surgimento, mas que o processo se inicia na era da Revolução Industrial, com a busca por mudanças nos sistemas de trabalho, que eram considerados de servidão e robotização de atividades.
Passa por transformações grandiosas e traz o surgimento da gestão humanizada conquistada com cada passo dado em direção a valorização do trabalhador. As áreas de RH das empresas, a partir de século XXI, se tornam pilares desta gestão e após o período pandêmico, diante de todos os desafios do trabalho home office e as mudanças comportamentais e emocionais, se torna ainda mais ressaltado o conceito da liderança humanizada, que já vinha tomando corpo na primeira década dos anos 2000”, informou.
Benefícios
Na percepção de Cilene, os benefícios para as empresas que adotam este estilo de liderança são mais que mensuráveis e podem beneficiar a todos os envolvidos: empresa, negócios, colaboradores, comunidade e sociedade em geral. Uma empresa que possui liderança humanizada pratica a gestão humanizada, promove uma cultura mais sólida, equipe mais engajada com o seu propósito, senso de pertencimento, índice de turnover (taxa de rotatividade de funcionários) reduzido. Solidez, longevidade e maior sustentabilidade farão parte de sua história”, concluiu.
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