26 de maio, de 2023 | 06:01
Com prisão preventiva decretada, homem é denunciado por morte da namorada no bairro Vila Celeste em Ipatinga
A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra um homem investigado por homicídio triplamente qualificado da namorada, Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos. O crime foi descoberto na noite de 28 de abril, quando a mulher foi encontrada sem vida em casa na rua Cisne, no bairro Vila Celeste, em Ipatinga, conforme noticiado pelo Diário do Aço. O acusado do crime é o namorado dela, que é considerado foragido e está com mandado de prisão expedido pela Justiça. A mulher tinha duas filhas, de outro relacionamento.Na noite do fato, o acusado do crime, Alef Teixeira de Souza, de 29 anos, entrou em contato com o SAMU e alegou que a vítima teria morrido ao injetar cocaína no corpo dela. Porém, as investigações da Polícia Civil indicaram que houve um assassinato. O acusado teve a prisão preventiva decretada pelo juiz de Direito José Maria Moraes Pataro, da Vara de Execuções Penais e do Tribunal do Júri de Ipatinga.
Arquivo DA
Justiça acatou denúncia e decretou a prisão preventiva contra o acusado, que está foragido

O Diário do Aço acompanhou na época o fato ocorrido com Rafaella, em um fim de noite, quando a Polícia Militar foi acionada pelos profissionais do SAMU, para apoia-los no resgate. Por telefone, Alef alegou que consumia cocaína com a companheira. Ele avisou que deixaria a porta aberta para os socorristas e acrescentou que não ficaria no local.
De fato, os policiais e o socorristas encontraram o imóvel aberto e, no seu interior, a vítima caída na sala ao lado de um sofá. O médico do SAMU confirmou o óbito de Rafaella. Ainda foram localizadas na residência, algumas seringas com um líquido branco.
Na época, a polícia confirmou que havia respingos de sangue e sinais de luta em outros cômodos da residência. Moradores vizinhos informaram aos policiais que a vítima discutia muito com o companheiro atual. Foram feitas buscas, mas Alef não foi encontrado pelos policiais para dar a sua versão do ocorrido. Entretanto, as investigações da Polícia Civil, com os exames periciais no local do crime e os realizados no corpo de Rafaella no Instituto Médico-Legal de Ipatinga, esclareceram que a vítima foi violentamente agredida. Para a polícia, o suspeito do crime é o namorado, que fugiu.
Denunciado
De acordo com a denúncia formulada pelo promotor Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, com base no relatório da Polícia Civil, o acusado e a vítima mantinham um relacionamento amoroso conturbado, marcado por constantes agressões. Na maioria das vezes (essas agressões) eram presenciadas pelas filhas da ofendida”.
Consta na denúncia do MPMG, que no dia dos fatos, em decorrência de desentendimentos, o acusado iniciou uma série de agressões contra a vítima, acertando-a com diversos golpes, socos e chutes, causando lesões e hematomas por todo o corpo da mulher. Ela tentou se defender com as mãos, sofrendo múltiplos ferimentos no antebraço, típicos de defesa. Além disso, na tentativa de esquivar-se de seu agressor, a ofendida correu para o primeiro piso da casa, momento em que deixou um rastro de sangue, por projeção e gotejamento, em alguns móveis e no corredor do segundo andar”, acrescenta.
Já com a vítima incapaz de resistir, diante do emprego de violência, o acusado teria injetado em Rafaela uma elevada quantidade de cocaína. Esse procedimento provocou uma intoxicação aguda que, por sua vez, ocasionou na ruptura dos vasos cerebrais, causando a sua morte.
Após o óbito de Rafaella Sales, o denunciado apossou-se de seus perfis nas mídias sociais. Ele se passou pela namorada e chegou a enviar, aos seus familiares, mensagens e vídeos afirmando que estava tudo bem. Em determinado momento, utilizando seu próprio perfil no Instagram, Alef comunicou à família acerca da morte da vítima e, nesta mesma oportunidade, desativou todos os perfis nas mídias sociais.
Denunciado
Com os fatos apurados, o promotor de Justiça denunciou Alef por homicídio triplamente qualificado, com emprego de asfixia e tortura. O representante do MP cita dados do laudo de necropsia, segundo o qual, o acusado pressionou, com as próprias mãos, o pescoço da vítima, causando lesões com as unhas, gerando esganadura, o que levou a uma congestão pulmonar com insuficiência respiratória. No mesmo sentido, apurou-se que a multiplicidade de lesões, provocadas tanto pelas agressões físicas quanto pelas lesões de agulha, causaram intenso sofrimento físico e mental à vítima.
Constatou-se, ainda, que o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida. Por derradeiro, verifica-se que o delito foi cometido contra vítima mulher, por razões da condição de sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar, uma vez que o agressor mantinha com a ofendida um relacionamento amoroso, de aproximadamente dois meses, residindo juntos e mantendo relações íntimas de afeto”.
Tráfico
Além do homicídio, o representante do MPMG denunciou Alef por tráfico de drogas. As investigações indicaram que, desde os dias 26 de março a 28 de abril, quando ocorreu o assassinato, o acusado forneceu e ministrou drogas para a vítima. Ele teria injetado cocaína diariamente, em Rafaella.
Em decorrência da tolerância desenvolvida pelo organismo da vítima, e a fim de manter os efeitos causados pelo entorpecente, o acusado aumentava gradativamente a quantidade da substância a ser ministradas, até que a vítima não resistiu e sofreu uma intoxicação aguda, que culminou em sua morte”, diz o relatório.
O promotor encerrou a denúncia solicitando junto à Justiça, em caso de uma condenação do acusado perante o Tribunal do Júri, que a fixação da pena-base seja valorada, pois Rafaella deixou duas filhas, uma de dez anos e outra de 14 anos, privadas do convívio materno.
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Decima Vítima, Aprende Mulherada
26 de maio, 2023 | 11:46Mais uma.....mulherada tem ki entender que relacionamento nao e brincadeira.se o homem e violento,
Se separou ,suma-se pra bem longe.qyem nao e visto nao e morto.”