24 de maio, de 2023 | 06:00

Homem acusado de matar a esposa em 2012 em Ipaba vai a julgamento em Ipatinga

Arquivo DA
Mulher foi assassinada por esganadura à margem da estrada de Boachá e o corpo escondido no meio do mato, ossada foi encontrada tempos depois Mulher foi assassinada por esganadura à margem da estrada de Boachá e o corpo escondido no meio do mato, ossada foi encontrada tempos depois

Está agendado para as 9h desta quarta-feira (24), no Plenário do Tribunal do Júri do Fórum Valéria Vieira Alves, em Ipatinga, o julgamento de um homem acusado de feminicídio consumado na zona rural de Ipaba em 2012, quando foi assassinada Janaína Aparecida de Souza Marinho, de 38 anos.

No entendimento do Promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, pesam contra o réu Carlos da Costa Silva, de 53 anos, as qualificadoras, motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Caso haja o acolhimento pelos jurados da acusação, o réu pode ser sentenciado a cumprir de 12 a 30 anos de reclusão.

Consta no processo que o crime foi praticado no fim do ano de 2012, em uma estrada secundária à via que liga Ipaba ao povoado de Boachá. Depois do crime, conforme a investigação, o denunciado ocultou o cadáver da vítima no meio do mato.

O que apontou a investigação

A Polícia Civil apurou que Carlos mantinha união estável com Janaína quando, em meados do ano de 2012, descobriu que sua companheira poderia estar lhe traindo e passou então a planejar a sua morte.

Em uma oportunidade, quando o casal estava na cidade Iapu, para participar do casamento de um de seus parentes, o Carlos convenceu a mulher a sair da festa e ir com ele até o centro de Ipatinga, com o
pretexto de lhe comprar roupas.

No trajeto, entretanto, o homem desembarcou em um ponto de ônibus na estrada que dá acesso ao povoado de Boachá, um local ermo. No local, o denunciado passou a interrogar a vítima a respeito da suposta traição, ocasião em que, diante da negativa da mulher, o homem foi tomado pela fúria e matou Janaína por esganadura (asfixia por constrição do pescoço exercida pelas mãos do agressor) conforme consta no laudo do Instituto Médico-Legal. Em seguida, arrastou o corpo para um matagal à margem da estrada.
Reprodução
Notícia da localização da ossada, em 2012Notícia da localização da ossada, em 2012

A ossada de Janaína foi descoberta somente no dia 10 de outubro de 2012 por volta das 13h. Homens que trabalhavam em uma plantação de eucaliptos encontraram os restos mortais e acionaram a polícia, conforme noticiado à época pelo jornal Diário do Aço. O reconhecimento se deu dias depois. Não foi possível determinar quando ela foi assassinada.

“Carlos matou Janaína por motivo fútil. Eis que ceifou a vida dela simplesmente porque acreditava que ela estava lhe traindo”, enfatiza a denúncia do MPMG.
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