17 de maio, de 2023 | 21:17

Postos serão fiscalizados para garantir queda nos preços, diz ministro

Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
Arquivo DA
Redução nos preços entrou em vigor à 0h desta quarta-feira mas, diferentemente do que ocorre quando o reajuste é para cima, muitos consumidores não perceberam mudanças em vários postosRedução nos preços entrou em vigor à 0h desta quarta-feira mas, diferentemente do que ocorre quando o reajuste é para cima, muitos consumidores não perceberam mudanças em vários postos

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (17) que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) irá fiscalizar postos de gasolina para garantir a redução dos preços dos combustíveis nas bombas.

A Petrobras anunciou redução de R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 e a redução do preço médio da gasolina de R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78, valor também pago pelas distribuidoras. A redução foi noticiada terça-feira, em meio a expectativa que nesta quarta-feira os preços estariam menores, mas não foi o que ocorreu, na prática.

A declaração do ministro ocorre após a empresa estabelecer o fim da política de atrelar os preços dos combustíveis às variações do mercado internacional, chamada Preço de Paridade de Internacional (PPI).

“Teremos a mão firme do governo para que o preço chegue na bomba. O brasileiro tem que ser beneficiado por esse esforço do governo do presidente Lula de impulsionar e criar uma política nacional de preços dos combustíveis justa com o povo brasileiro”, afirmou o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Valter Campanato/Agência Brasil
Alexandre Silveira deu entrevista ao programa Voz do Brasil, da EBC e afirmou que queda nos preços precisa chegar às bombas Alexandre Silveira deu entrevista ao programa Voz do Brasil, da EBC e afirmou que queda nos preços precisa chegar às bombas

Ele informou que teve reuniões com a ANP para tratar da fiscalização. “Não vamos transigir. Aqueles que, porventura, tentarem capturar essa conquista dos brasileiros e brasileiras que são combustíveis mais baratos, serão punidos com rigor da lei.”

Na terça-feira (16), a Petrobras anunciou nova estratégia comercial para definição de preços de diesel, gasolina e gás, aprovada pela diretoria executiva da companhia. A nova estratégia acaba com o Preço de Paridade de Internacional (PPI), a política de preços que, desde 2016, atrelava os preços médios dos combustíveis que a Petrobras vende às distribuidoras às variações dos produtos no mercado internacional, entre outros fatores, para proteger a empresa quanto aos riscos operacionais do setor.

Crítico do PPI, Alexandre Silveira disse que a política era uma barreira para a Petrobras se tornar mais competitiva e cumprir o papel social previsto em lei. “Não fazia nenhum sentido e amarrava a maior petroleira do Brasil em um preço de referência que, muitas vezes, impedia a Petrobras de ser competitiva, inclusive dentro do Brasil. Ela tem que, além de ser uma empresa estável, ter lucro natural para se tornar cada vez mais moderna, competitiva e perene, tem que cumprir seu papel social”.
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Comentários

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Alexandre

18 de maio, 2023 | 10:34

“Pois bem, no vale do aço nao teve redução. Incrível que quando era anunciado o aumento no mesmo dia os postos ja aumentavam o valor. Porem agora quando anunciaram redução, o valor nao caiu e ainda fica neste cartel que todos sabem que existe no vale do aço.”

Gildázio Garcia Vitor

18 de maio, 2023 | 08:58

“O nosso Vale apresenta uma concentração muito grande de postos nas mãos de três importantes grupos, o que pode gerar uma cartelização e, consequentemente, uma menor concorrência entre eles e menores preços ofertados aos consumidores.”

Lucimar

18 de maio, 2023 | 07:31

“Precisamos ficar atentos. A ganância não pode se sobrepor aos direitos da população. Se o combustível não abaixar nos postos, devemos e precisamos denunciar.”

Tinho Mortadela

17 de maio, 2023 | 22:19

“Os fiscais do Sarney. Quem lembra ?
EM UMA FRACASSADA TENTATIVA DE CONTER A INFLAÇÃO POR TABELAMENTO COM O ?PLANO CRUZADO?, O ENTÃO PRESIDENTE JOSÉ SARNEY, DO PMDB, CHAMOU O POVO PARA FISCALIZAR O COMÉRCIO. ALEGANDO PREJUÍZOS, OS FABRICANTES E PRODUTORES RURAIS NÃO ENTREGAVAM OS PRODUTOS. E LOGO APÓS A ELEIÇÃO DAQUELE ANO, EM QUE ELEGEU OS SEUS ALIADOS DO PMDB PARA OS GOVERNOS ESTADUAIS, SENADO E CÂMARA DOS DEPUTADOS, O PLANO ACABOU E A INFLAÇÃO DISPAROU NOVAMENTE.”

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