11 de maio, de 2023 | 08:00

Conjuntivite é comum no outono/inverno

O período do outono e inverno deixa em alerta adultos e pais de crianças. O período de baixa umidade, faz aumentar as partículas de poluição e de poeira no ar. Com isso, aumentam os casos de quadros respiratórios alérgicos como asma e rinite, mas que também pode afetar os olhos. Nas escolas infantis, há vários registros de conjuntivite em crianças, um incomodo de fácil tratamento e que merece atenção para a higienização das mãos.

Conjuntivite é a inflamação da membrana externa do globo ocular, o branco dos olhos, e do interior das pálpebras. Os principais sintomas da conjuntivite são vermelhidão nos olhos, coceira e olhos lacrimejantes. A pediatra Naiara Ferreira, de Ipatinga, esclarece que há vários tipos da doença, a alérgica, nas pessoas que tem coceira crônica, olhos secos e vermelhidão durante a coceira; e as infecciosas, sendo a mais comum as virais, principalmente nesta época do ano.

“Especialmente nesta época do ano, outono/inverno, em que há mais circulação de vírus respiratórios, a conjuntivite infecciosa viral causa isoladamente, aumento de secreção nos olhos, uma lágrima mais espessa e vermelhidão”, explica a pediatra. Há também a conjuntivite bacterianas, onde há a presença de um agente infeccioso bacteriano, gerando dor, vermelhidão e secreção purulenta, semelhante a de uma ferida infectada nos olhos.

Higienização

As crianças, que frequentemente coçam os olhos estão mais sujeitas a uma conjuntivite ocasionada tanto em decorrência do trauma, propriamente dito, como pela falta de higiene das mãos. A pediatra lembra sobre o fato de não haver uma correta higienização, tanto dos olhos como das mãos pode ainda transformar em conjuntivite bacteriana. “Isso ocorre pela infecção secundária ou seja, aquilo que não estava infectada pela bactéria se torna infectado pelo contato com as mãos sujas”, alerta.

A limpeza dos olhos também é fundamental para qualquer tratamento de conjuntivite seja alérgica, viral ou bacteriana e feita com o soro fisiológico. “Preferencialmente o soro deve estar gelado para diminuir a dor e o inchaço nas pálpebras, porém não na parte externa e sim dentro dos olhos, abrindo a pálpebra e jogando dentro dos olhos, de preferência com pressão e volume”, detalha.

Se o médico receitar o uso de colírio é importante utilizar a medicação após a limpeza dos olhos, porque se o colírio cair sobre uma secreção ocular, não fará efeito.

Resfriados

Naiara Ferreira explica também que é muito comum que alguns vírus respiratórios, além de gerar os sintomas nasais com coriza, coceira e espirros, além de tosse e dor de garganta também apresentarem o sintoma de secreção nos olhos. “Em alguns desses casos essa secreção dos olhos, vem acompanhada de dor, ardor e é uma secreção mais clara, parecendo uma lágrima mais grossa, então é comum as rinoconjuntivite, faringoconjutivite virais relacionadas aos vírus respiratórios”, complementou.

Cuidados

As crianças ou adultos com conjuntivite devem ser afastadas do seu ambiente de convício escolar ou laboral, para reduzir o risco de transmissão. O período de afastamento deve ser em torno de uma semana, se for uma conjuntivite bacteriana. No caso da forma viral é possível haver melhora de três a quatros dias. “As secreções nasal ou ocular devem ser limpas com papel ou toalha descartável, não podendo usar os chamados “paninhos” muito comuns nos consultórios e pronto atendimentos, pois uma vez em contato com os olhos o material está então infectado e deve ser descartado”, orienta Naiara Ferreira.