09 de maio, de 2023 | 07:15

''A pandemia não terminou'', adverte virologista da UFMG

Álbum pessoal
''Não podemos dizer que é o fim da pandemia'', declarou o virologista Flávio da Fonseca''Não podemos dizer que é o fim da pandemia'', declarou o virologista Flávio da Fonseca
(Stéphanie Lisboa - Repórter do Diário do Aço)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na sexta-feira (5), que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. Segundo a entidade, a disseminação do vírus se classifica agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

Para compreender melhor o que este anúncio representa, na prática, para todo o mundo, a reportagem do Diário do Aço conversou com o virologista e professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) Flávio da Fonseca, integrante do Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Perguntado se já seria possível declarar para todos os cantos que a pandemia acabou, ele respondeu que não.

“Não podemos dizer que é o fim da pandemia. O que a OMS fez foi encerrar a condição de emergência internacional, que é, vamos dizer assim, o nível mais elevado de emergência em saúde que a Organização Mundial da Saúde tem. A pandemia não terminou, o vírus Sars-Cov2, o causador da covid-19, veio para ficar, e ele vai ser um componente permanente da vida da gente por muito tempo”, explicou o professor.

Conhecimento e vacina
Flávio destacou que hoje a população dispõe de duas armas que não estavam disponíveis no início da pandemia: o conhecimento e a vacina. “A gente conhece o vírus, sabe como preveni-lo, sabe as ações que a gente precisa tomar quando estamos doentes. E também, igualmente importante, é o fato de que agora a gente tem vacina, então a gente deve usar essa ferramenta importantíssima”.

Para o virologista, combater as notícias falsas e o sentimento antivacina que existe é primordial. “As vacinas foram as principais responsáveis pela condição atual que a gente tem, de poder dizer que a pandemia está próxima do fim, embora não esteja tecnicamente terminada”, enfatizou.
Rovena Rosa/Agência Brasil
Segundo Flávio, a vacinação é a melhor estratégia para não voltarmos ao período difícil já vivido Segundo Flávio, a vacinação é a melhor estratégia para não voltarmos ao período difícil já vivido


Aprendizado
Os aprendizados absorvidos ao longo da pandemia, de forma tão dura, devem permanecer. Algumas práticas não devem ser deixadas de lado, como por exemplo: “a utilização de máscara quando estivermos doentes ou em ambientes que a gente não se sinta confortável, em ambientes de grande aglomeração, essa é uma nova realidade que a gente vai ter que lidar permanentemente”, disse Flávio da Fonseca.

A estratégia é se vacinar
Mesmo diante dessa sensação de controle da doença, é muito importante que a população compareça aos postos para manter em dia a imunização. Pensar que não é necessário mais se vacinar é um engano. “Se a gente parar de se vacinar, o que a gente vai fazer é dar chance para o vírus que está em um patamar de controle a sair do controle de novo. A gente não pode dar chance para o vírus voltar a ganhar força e a melhor estratégia para isso é se vacinar”, destacou.

“É bom a gente sempre ter em mente que como Sars-Cov2 veio para ficar, o que a gente vai ter que fazer é se vacinar com as versões mais recentes da vacina sempre que elas estiverem disponíveis, como a gente faz com a gripe”, completou.
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Comentários

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?ta!

09 de maio, 2023 | 18:03

“Se a covid veio para ficar, tomemos as vacinas todos os anos para nos proteger. Agora chega de amedrontar a população com notícias infundadas com o intuito de vender. Convivemos na ciência, o pior já passou: O Sr. JAIR MESSIAS BOLSONARO.”

Priscila Doris

09 de maio, 2023 | 11:17

“Já tomei as 5 doses da vacina e continuo usando máscar pelas ruas, carrego um recipiente com álcool e todas as vezes após poegar em dinheiro no comércio da cidade higienizo as minhas mães. As pessoas que não usam máscara e que não estão a se proteger, olham para mim como se eu fosse um alienígena, nem ligo. O importante e a prevenção e a minha saúde.”

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