14 de abril, de 2023 | 07:00
Flávia Sobrinho, assistente revelada na LDI, já constrói carreira no quadro da FMF
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Na LDI, onde começou uma carreira de sucesso, Flávia Sobrinho recebeu as primeiras oportunidades

Depois de Janete Mara Arcanjo, que trabalhou por duas décadas na Federação Mineira de Futebol (FMF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e chegou ao quadro da Fifa (atuou em uma Copa do Mundo feminina, no Canadá), a arbitragem ipatinguense está revelando outra profissional com perspectiva de carreira igualmente de sucesso. Trata-se de Flávia Sobrinho Nascimento, 25 anos, que se destacou nos quadros da Liga de Desportos de Ipatinga (LDI) entre 2019 e 2021, quando decidiu que sua vocação era mesmo seguir uma carreira profissional na função, mudando-se para Belo Horizonte, com a cara e a coragem”.
Flávia Sobrinho é filha de Pedro Cardoso Nascimento e Marlúcia Pereira Sobrinho Nascimento e irmã de Débora e Aline; é a caçula da família. Nasceu em Governador Valadares, porém, foi criada no distrito de Serraria, em Periquito, mudando-se para Ipatinga aos 14 anos para estudar. Depois de completar o ensino médio, cursou Educação Física no Unileste, que serviu de base para lecionar como professora da área, em Belo Horizonte, para dar suporte às suas atuais despesas.
Primeira experiência
Flávia Sobrinho sempre gostou, acompanhou e jogou futebol. A chance de se tornar árbitra surgiu quase que por acaso. Em seu estágio curricular na Usipa, foi convidada pelo professor Dalton Pinheiro para apitar um jogo-treino, gostou, recebeu elogios de Dalton e foi aconselhada a fazer um curso de arbitragem na LDI. Seguiu o conselho e logo em seguida já estava nas escalas, como assistente e árbitra central em jogos das categorias de base e, em seguida, do amador, sempre com destaque e elogios.
Carreira na FMF
Em 2021, fez o curso de arbitragem na FMF, retornou a Ipatinga, seguiu atuando, até decidir, no segundo semestre do ano passado, mudar-se para Belo Horizonte e entrar definitivamente nos quadros da entidade. Desde então, já trabalhou nos jogos dos fortes campeonatos de base da FMF, bem como no Campeonato Mineiro Amador e atuou na final da Taça das Favelas de BH.
Recentemente, foi aprovada no teste físico da FMF e está apta a ser escalada nos jogos da Terceira Divisão de profissionais, campeonatos de base (Sub-15, Sub-17, Sub-20) e até mesmo Módulo B desta temporada. Segue se preparando, se atualizando e pronta para receber as escalas.
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Já com o escudo da FMF, Flávia Sobrinho atua com desenvoltura e elogios, numa carreira que pode chegar brevemente à CBF

Para ela, serão mais alguns degraus numa carreira que ela espera desembocar nos quadros da CBF, conforme atesta o diretor de árbitros da LDI e grande incentivador, Deivson Mendel, árbitro de destaque há mais de duas décadas no futebol regional.
Cada conquista está sendo única e especial, nunca imaginei que seguiria essa carreira, mas a vida me surpreendeu e me apaixonei pela área. Por isso, quando se tem amor e dedicação, a expectativa é alcançar muitos objetivos e, principalmente, o quadro CBF. E aí vamos sonhando com algo maior, como o escudo Fifa”, afirma ao Diário do Aço a esperançosa e dedicada Flávia Sobrinho.
Referências
Edna Batista, Neuza Back, Andreza Siqueira, Janete Arcanjo e Raphael Claus são algumas das referências em sua carreira.
Já tive contato no curso com muitos árbitros e ex-árbitros de renome que foram meus professores, como Janete Arcanjo, Igor Júnior Benevenuto, Ricardo Marques Ribeiro, Márcio Resende Freitas, Renato Cardoso Conceição, Joel Tolentino e Márcio Eustáquio Santiago. E tive a oportunidade de trabalhar com o Wanderson Alves (CBF) e Andreza Siqueira (Fifa)”, afirma já com certo orgulho a ex-integrante do quadro da LDI.
Sobre o comportamento na arbitragem, a pressão durante os jogos e antes mesmo deles, Flávia afirma que está se preparando para cada situação no dia a dia.
Acredito que sou calma e isso é importante para lidar nos momentos de pressão dos jogos. Mas também sei me posicionar mais duramente quando necessário. Também sou muito persistente e responsável com o meu trabalho, afinal, se existe algo para ser feito precisa ser bem feito”, pontua.
Agradecimentos
Flávia Sobrinho nunca esquece as origens e o caminho percorrido até aqui. Agradece e reconhece o apoio da família, de amigos, da namorada Isabela e também de onde tudo começou no apito.
A LDI me abriu as portas, começando pelo curso da arbitragem. E depois, com toda atenção e oportunidades que me foram dadas assim que formei. Só tenho a agradecer pessoas como Ronaldo Careca, Marcial Alves, presidente Silvestre Antônio Ferreira. E, principalmente, meu diretor e amigo Deivson Mendel, que hoje está na LDI e me deu muitas oportunidades, além de ensinamentos ao longo dos anos no Vale do Aço. Ele tem feito a diferença na arbitragem da região e espero que encontre muitas novas promessas na arbitragem”, concluiu Flávia Sobrinho.
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