08 de abril, de 2023 | 08:33

Governo exclui Correios e outras estatais de privatização

Informações da Agência Brasil

Prestes a completar 100 dias de gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a retirada de 10 empresas públicas federais de programas de privatização. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (6), e inclui estatais como os Correios, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

A retirada dessas empresas de programas de desestatização era uma promessa de campanha do presidente e já estava prevista no relatório da equipe de transição para os primeiros meses de governo. As estatais foram retiradas definitivamente do Programa Nacional de Desestatização (PND) e e também do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo, este último uma etapa prévia que qualifica a modelagem de privatização da empresas públicas.

Empresas públicas excluídas do PND:
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)

- Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

- Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev)

- Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep)

- Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)

- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF)

- Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec)
Revogação de qualificação pelo PPI:

- Armazéns e imóveis da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

- Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (PPSA)

- Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras)

Em janeiro, um despacho do presidente já havia determinado estudos para a revisão das privatizações, que agora passam se consolidam na forma de decreto. Algumas estatais, como os Correios, já tinham tido sua privatização aprovada pela Câmara dos Deputados, e ainda aguardava o Senado.
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Comentários

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Rogerio

09 de abril, 2023 | 10:58

“Corrupção, uso político e má gestão da estatal
Para outros especialistas, no entanto, a situação econômico-financeira da empresa tinha relação com episódios de corrupção, uso político e má gestão.


A análise da CGU concluiu que, de 2011 a 2016, a companhia aumentou em 63% os gastos com pessoal, embora o número de funcionários tenha subido apenas 0,43%.

Um outro fator que teria prejudicado a estatal seria o esquema de desvio de recursos da estatal para financiamentos de campanhas políticas e enriquecimento pessoal deflagrado em 2005, episódio que, mais tarde, levaria ao Mensalão.

Também foi deflagrada pela Polícia Federal uma operação para investigar fraudes contra o Instituto de Previdência Complementar Postalis, o fundo de pensão de funcionários dos Correios. De acordo com a investigação, gestores recebiam uma espécie de "comissão" em troca da indicação de empresas para gerir os ativos e atuar no aconselhamento técnico-jurídico da companhia.”

Ricardo

09 de abril, 2023 | 05:57

“Se privatizar, o governo perde um nicho enorme para ocupação de cargos de indicação, o famoso troca de favores. Enquanto isso, fedex, mercado livre entre outros, com um sistema desburocratizado, ganham espaços e confiança”

Bananinha

08 de abril, 2023 | 16:35

“Correios estava na bica para ser privatizada no governo bolsonaro, espero que publiquem o faturamento dos Correios ano que vem, se der lucro ou se pelo menos empatar já é lucro, o que não pode é uma empresa que não tem concorrência dar eterno lucro, e ser mantido com dinheiro de impostos, aí é gestão eficiente de esquerda.

Vamos aguardar a divulgação resultados 2023.”

Edimir Rodrigues

08 de abril, 2023 | 14:14

“Da forma que muitos da imprensa e alienados brasileiros acreditam é como se em uma família o cabeça dela vendesse a residência, a família, o carro ,os móveis , barato e alugase tudo de volta pagando um valor alto e reajustamento para ter tudo de novo.”

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