06 de abril, de 2023 | 14:25

Cobertura vacinal no Brasil está abaixo da recomendada pela OMS

Divulgação
Campanhas para vacinação contra gripe, covid e influenza ganham reforço e alertam para a cobertura no país que está abaixo de 95% do indicado Campanhas para vacinação contra gripe, covid e influenza ganham reforço e alertam para a cobertura no país que está abaixo de 95% do indicado

O Brasil sempre foi considerado um país com bons índices da imunização da população, especialmente com a erradicação de algumas doenças por meio de amplas campanhas de vacinação. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal de diferentes imunizantes vem registrando quedas nos últimos anos, ficando abaixo de 95% do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tal resultado alerta para a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de manter o esquema vacinal atualizado, principalmente, com a chegada do outono, período em que é comum o crescimento no número de atendimentos relacionados aos sintomas gripais e respiratórios.

Paula Ohana, médica da Atenção Primária da Usisaúde, operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), destaca que a vacinação é a melhor forma de prevenir as doenças imunopreveníveis, que incluem o sarampo, a catapora, a gripe, a covid-19, a tuberculose e a difteria, por exemplo. “As vacinas ativam as defesas naturais do organismo para que ele aprenda a combater infecções específicas, fortalecendo o sistema imunológico. Para as doenças classificadas como imunopreveníveis, a prevenção por meio das vacinas é a melhor forma de evitar o adoecimento e um crescimento exponencial dos casos. Além disso, é uma forma de prevenção coletiva, já que o paciente imunizado não transmite a doença para outras pessoas e reduz as chances de evoluir para quadros mais graves”, explica.

Nesse contexto, as campanhas de vacinação são uma importante ferramenta para a prevenção de doenças e a promoção da saúde da população. Desde fevereiro, o Ministério da Saúde tem incentivado os grupos prioritários a se vacinarem com o reforço bivalente contra a covid-19 e, a partir de abril, inicia a vacinação contra a influenza para este mesmo grupo. Já em maio, será a vez da campanha de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo.

“Há mais de três décadas foi registrado o último caso de poliomielite no Brasil e isso só foi possível por meio das campanhas de vacinação e conscientização da sociedade sobre a importância das vacinas para saúde”, destaca Paula.
Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está recomendando que os municípios avancem para as próximas fases da imunização contra a covid-19 com a vacina bivalente. De acordo com a Secretaria, já foram distribuídas 2 milhões de doses que imunizaram mais de 220 mil mineiros e mesmo aqueles que estão com doses em atraso, podem aproveitar a oportunidade para colocar em dia o esquema vacinal.

“A vacinação é indispensável para a saúde da população, principalmente, relacionada à Covid por prevenir as formas mais graves da doença e reduzir o número de internações nas unidades hospitalares. Para imunização completa e proteção adequada, a população deve priorizar também a vacinação contra a gripe, que começa em abril”, alerta o especialista.
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