
04 de abril, de 2023 | 19:00
Idoso é denunciado à Justiça por estupro de vulnerável em Ipaba
Avó da criança foi cúmplice de pedófilo, já foi levada a julgamento e cumpre pena no sistema prisional
Ilustração/Cadeia
Homem será levado a julgamento por estupro de vulnerável, e-amásia dele, avó da criança que participou do crime já foi sentenciada e cumpre pena de 24 anos de reclusão

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais ofereceu denúncia ao juízo da 2ª vara Criminal da Comarca de Ipatinga, contra J.S.G., de 70 anos. Pesa contra o idoso a acusação da prática de estupro de vulnerável, crime praticado entre os anos de 2019 e 2020, na zona rural de Ipaba.
O promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, relata em sua denúncia que o homem, prevalecendo-se das relações domésticas em função de seu relacionamento com a avó de uma menina de 9 anos, e na companhia dessa avó, produziu, fotografou e filmou, com um telefone celular, cenas de sexo explícito envolvendo a criança que tinha nove anos à época.
Bem como transmitiram e divulgaram, por meio de aplicativo de mensagens WhatsApp, fotografias que continham cenas de sexo/pornografia envolvendo criança de apenas nove anos de idade”, enfatiza.
A investigação policial apontou que a avó da criança mantinha com o acusado relacionamento amoroso e por isso o idoso, que era morador da cidade de Ferros, frequentava a residência da família e, com isso, convivia com a vítima.
Na tentativa de aproximar-se afetivamente da menor de idade, o acusado a presenteava com materiais escolares, balas e doces, conquistando, assim, a confiança desta”, acrescenta a denúncia.
Também ficou apurado que, a pedido do homem, a avó fotografava a neta nua, em diversas poses sexuais, e enviava as imagens, via WhatsApp para o idoso.
Avó que participou do crime já foi julgada
Por ter contribuído com os delitos perpetrados contra a menina, sua neta, a mulher foi presa e levada a julgamento na Comarca de Ipatinga. Com isso A.C.L., de 52 anos, foi sentenciada a cumprir 24 anos de reclusão e se encontra atualmente recolhida ao sistema prisional. Como o ex-amásio dela estava foragido, somente agora será levado a julgamento.
Idoso é reincidente na pedofilia
Consta na denúncia do MPMG, que o idoso praticou os delitos em Ipaba mesmo após ser condenado anteriormente por crime dessa mesma natureza. Situação que o torna reincidente, nos termos dos artigos 63 do Código Penal. Ademais, cumpre ressaltar que ele soma em seu desfavor uma condenação definitiva, cujo término da execução ainda não ocorreu”, destaca o promotor.
Por todas as considerações feitas, o MP pede a condenação de J.S.G. por estupro de vulnerável, agravado pelo fato de ser praticado por pessoa que convivia com a vítima, devendo ainda incidir a agravante do registro, armazenamento e distribuição de imagens sexuais da criança.
Encarcerado desde 24 de março
O denunciado encontra-se recolhido ao Sistema Prisional. Conforme noticiado pelo Diário do Aço, no dia 24 de março, o idoso foi preso na Operação Candura, deflagrada pela Força-Tarefa de Segurança Pública, composta pelas polícias Federal, Civil, Militar e Penal.
O homem foi preso na cidade de Redenção, estado do Pará, para onde fugiu depois que foi descoberto na prática do crime de estupro de vulnerável em Ipaba, em 2020. A pedido pelo promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, da 11ª Promotoria de Ipatinga, foi deflagrada a operação no mês passado, quando o idoso acabou preso.
A reportagem do jornal também apurou que o homem já tinha sido sentenciado por crimes ainda mais graves, na Comarca de Ferros. Em função das sentenças, a Justiça havia expedido contra ele dois mandados de prisão. Um desses mandados era relativo a uma condenação à pena de 22 anos de reclusão pelos crimes de estupro de vulnerável cometidos contra cinco crianças entre os anos de 2000 e 2004.
Consta no processo que esses crimes foram cometidos no distrito de Esmeraldas, no município de Ferros. As vítimas foram quatro meninas e um menino, na época com idades entre 4 e 8 anos.
Para tentar enganar a polícia, o foragido utilizava documentos falsos e vivia normalmente no interior do Pará. Conforme nota divulgada pela PF, a operação foi denominada Candura” em referência às vítimas de abuso (menores de quatorze anos) que vivem uma vida de pureza e inocência.
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Jakson
04 de abril, 2023 | 07:05Meus parabéns ao doutor Jonas,pelo ótimo trabalho, mostrando para a população que ainda existe lei”
Josino
04 de abril, 2023 | 00:14Safadeza não tem idade, os canalhas envelhecem. Se a época das primeiras condenações, já tivesse sido feito a CASTRAÇÃO QUIMICA, a reincidência não teria acontecido.
Que os legisladores de direito, aprovem CASTRAÇÃO QUÍMICA, para abusadores e pedófilos.”
Eu
03 de abril, 2023 | 20:37E a avó? Ela participou e facilitou.”