31 de março, de 2023 | 16:23

Autistas podem ter mais autonomia com diagnóstico precoce e auxílio de terapias

Divulgação
Quando descoberto em fase inicial, o transtorno pode ser atenuado com terapias que envolvem equipe multidisciplinar e ajudam no desenvolvimento do paciente, explica especialistaQuando descoberto em fase inicial, o transtorno pode ser atenuado com terapias que envolvem equipe multidisciplinar e ajudam no desenvolvimento do paciente, explica especialista

Atraso na fala, dificuldade no contato visual, irritabilidade perante frustrações, sensibilidade a cheiros, sons, luzes e toque podem ser os primeiros sinais do autismo ou transtorno do espectro autista (TEA). O transtorno, que tem prevalência em crianças, afeta o neurodesenvolvimento, provocando déficit na linguagem verbal e não verbal e interação social.

Nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a prevalência do autismo quadruplicou em 20 anos. A incidência entre 2000 e 2002 era de um autista para cada 150 crianças. Recentemente, o monitoramento do CDC relata uma prevalência de um para cada 36 crianças. No Brasil, a incidência sobre o número de pessoas com o transtorno ainda é bastante discutida, mas estima-se que afete 2 milhões de pessoas.

Para o psiquiatra infantil da Fundação São Francisco Xavier, André Luiz Brandão Toledo, o diagnóstico é uma importante etapa na vida da pessoa com TEA. “Hoje, o diagnóstico está mais fácil de ser realizado e ajuda a diminuir a probabilidade de desenvolver comorbidades psiquiátricas, como transtorno de ansiedade e de humor”, explica.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do TEA é realizado por médico especialista, através da avaliação do paciente e histórico familiar. O quanto antes a pessoa for diagnosticada e iniciada em terapias que possam ajudá-la a desenvolver sua cognição, melhor será a qualidade de vida. “Existem casos em que o diagnóstico pode ser fechado até um ano de idade. Por isso é tão importante ficar atento aos sinais e discutir sobre o assunto”, aponta o psiquiatra.

O transtorno não tem cura, mas o paciente pode estimular e desenvolver a capacidade de compreender e de comunicar com técnicas baseadas na ciência do comportamento, executadas por uma equipe multidisciplinar, como profissionais da área da psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, dentre outros.

Conscientização
No dia 2 de abril celebrase-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que tem como principais objetivos difundir informações para a população sobre o assunto, alertar para os sinais, incentivar o diagnóstico precoce e reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

É preciso conscientizar cada vez mais as pessoas sobre os sinais de alterações no neurodesenvolvimento. Assim, é possível buscar tratamentos imediatos para melhorar a qualidade de vida, de desenvolvimento da comunicação e de autonomia.

“Falar sobre o assunto é essencial para fixar na mente das pessoas o valor do diagnóstico precoce. Para as famílias também é importante entender que a adaptação é essencial para que os pacientes tenham uma vida mais digna e saudável, e que sejam compreendidos nos ambientes que frequentam”, finaliza o psiquiatra André Luiz.
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Comentários

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Jorge

01 de abril, 2023 | 16:06

“O problema não é o autismo, são as consultas multidisciplinares pelo método ABA,ou até mesmo terapias normais, não é atendido ou os pais recebe um Bela negativa da prefeitura de Ipatinga-mg,o remédio é negado também e fica por isso mesmo,o problema é da família e não do poder público.”

Soraia Baldez

31 de março, 2023 | 16:35

“Meu filho nasceu autista ,tem grau leve junto com TDH,a terapia foi o dinheiro mais bem gasto na minha vida ,ele tem 13 anos ,vai para escola sozinho esse ano ,calmo ,não tem surto mais ,vai ótimo na escola,hoje consegue brincar com os colegas da escola ,porém o encostar nem tanto ,e nem o olhar ,isso é normal ,só sei que a terapia é vida para nossos filhos com TEA ?”

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