04 de março, de 2023 | 13:53
TV exibe programas especiais em homenagem a Paulo Caruso
Em homenagem ao cartunista Paulo Caruso, que faleceu na manhã deste sábado (4), aos 73 anos, a TV Cultura reapresenta dois programas com o grande gênio dos traços: o Roda Viva com os irmãos Caruso e o Ensaio.Neste sábado, às 22h30, a emissora reprisa o Roda Viva com os irmãos Caruso, gravado em dezembro de 2013. Paulo Caruso sai da bancada de entrevistadores para se juntar ao irmão gêmeo, Chico Caruso. Os cartunistas fazem um balanço de suas carreiras e falam do papel das charges e do humor na política e no jornalismo. Enquanto a sabatina acontece, os dois empunham lápis e outros apetrechos para desenhar.
Gêmeos univitelinos, Paulo e Chico nasceram em dezembro de 1949, em São Paulo, com um intervalo de cinco minutos. Formados em arquitetura, eles abdicaram da área para conduzir suas trajetórias no jornalismo, trabalhando nos principais veículos de comunicação do Brasil. A bancada de entrevistadores era formada pelo cartunista Laerte, pelo arquiteto e cartunista Alcy Linares, pela correspondente da revista portuguesa Visão, Norma Couri, e pelo jornalista e professor de letras da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Ramos.
Na segunda-feira (6), logo após o Roda Viva, às 23h30, a TV Cultura reapresenta o programa Ensaio com Paulo Caruso. Na atração conduzida por Fernando Faro, gravada em 2005, o cartunista relembra histórias de vida e momentos marcantes de sua carreira.
Nota de pesar
Internado há um mês para tratar das complicações de um câncer de cólon, contra o qual lutava desde 2016, Paulo não resistiu e veio óbito às 7:22, informou a família do cartunista.
Formado em Arquitetura pela Universidade de São Paulo, Paulo foi, ao lado do irmão Chico Caruso, o maior chargista político do país, com trabalhos publicados nos maiores jornais e revistas nacionais. Paulo ficou famoso por suas charges no programa Roda Viva, onde, desde 1987, emprestou seu talento às milhares de entrevistas no programa da TV Cultura. Com suas caricaturas e charges, faz parte da história política e social do Brasil”, salientou a família.
Formado em Arquitetura pela FAU - USP, não seguiu carreira e começou como chargista no Diário Popular em 1960. De lá para cá, passou por diversos veículos de comunicação como O Pasquim, revistas Careta, Senhor e Istoé. Entre os diversos livros publicados, destaca-se As Origens do Capitão Bandeira, 1983, e outros com cenas irônicas que acompanham a história política brasileira, Ecos do Ipiranga (1984) e Bar Brasil na Nova República (1986). Além disso escreveu também São Paulo por Paulo Caruso - Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade (2004), em homenagem aos 450 anos da metrópole. Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994. Por sua habilidade para a sátira e para a caricatura, aliada à numerosa produção, sua obra é das mais conhecidas do país. O cartunista deixa cinco filhos, um neto e o irmão gêmeo.
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Cartunista
04 de março, 2023 | 18:01Grande artista do humor gráfico! Vai fazer muita falta, pois era muito admirado por profissionais do traço, da imprensa e por todos aqueles que gostam de humor, arte e crítica política.”