18 de fevereiro, de 2023 | 14:00
Opinião: Como preservar a identidade da sua empresa?
Clarissa Nepomuceno Caetano Soares *
Geralmente associamos uma empresa à sua identidade visual. Por sua vez, a marca, pela Lei de Propriedade Industrial (Lei n. 9.279/96), representa os sinais distintivos visualmente perceptíveis que distingue o produto ou um serviço de outro semelhante. O seu registro vem como forma de proteger a empresa da concorrência desleal e o seu consumidor, em relação àquilo que é ofertado.Ocorre que, muito além da marca, está a reputação corporativa para garantir a perenidade dos negócios. Sendo assim, como definir o que a impacta?
Em tempos de redes sociais, mais importante que o posicionamento no mercado e o mapeamento da concorrência, é a reputação corporativa e o impacto do negócio em relação ao meio ambiente, à sociedade e à comunidade em que ela está inserida.
A reputação é o maior ativo intangível das organizações. Na era da informação, as empresas e seus executivos estão constantemente expostos aos julgamentos dos stakeholders nos diversos momentos de decisão: comprar seus produtos e/ou serviços, adquirir suas ações, recomendar e falar bem da empresa ou fazer parte do seu quadro de colaboradores.
Um resultado da pesquisa Global Risk Management Survey, da ADN, identificou a reputação como risco número um das organizações, que tem como desafio manter a credibilidade em tempos de amplo acesso e divulgação de informações. A pesquisa comprovou que a reputação é um conceito importante na construção, ou destruição, do valor de mercado de uma empresa, correspondendo cerca de 25% do seu valor intangível, segundo o Fórum Econômico Mundial.
Todas as organizações estão sujeitas a riscos das mais diferentes áreas, ou seja, desde a variação repentina no preço de um produto ou insumo essencial, até greves e a ocorrência de acidentes. E tudo isso pode atrapalhar as operações de qualquer empresa. Entretanto, as organizações que fazem um bom gerenciamento dos seus riscos, adotam uma governança de integridade e estão atentas aos aspectos regulatórios protegendo e evitando danos à sua reputação.
Transparência, ética, autenticidade, consistência e propósito acompanhados por métricas e indicadores no centro das decisões são a ordem do momento.
* Advogada, sócia do Nepomuceno Soares Advogados Associados, Mestre em Direito Tributário, Relações Econômicas e Sociais e Desenvolvimento de Políticas Públicas
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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