07 de fevereiro, de 2023 | 06:00
Conta do chá
Fernando Rocha
O Atlético entrou com uma equipe praticamente reserva, mandou bem no primeiro tempo, com boas atuações de Otávio, Igor Gomes e Hyoran, descompensado pelas más atuações de Ademir, Vargas e Sasha.O Ipatinga foi salvo pelas defesas do goleiro Gabriel, além da atuação segura da sua defesa comandada pelo zagueiro Maílson, também capitão do time quadricolor.
No intervalo, o técnico Waguinho Dias trocou Matheus Índio por Diego Gomes, melhorou e adiantou a marcação, dominou o meio-campo e só não abriu o marcador por incompetência dos atacantes.
O técnico do Galo, Eduardo Coudet, precisou usar titulares no banco de reservas, como Edenilson, Pedrinho e Paulinho, mas o Tigre continuou dominando a partida e levando perigo ao goleiro Everson, o melhor em campo pelo lado alvinegro.
O ritmo caiu na reta final, devido ao calor, até que aos 42 minutos Pedrinho cruzou da direita e o lateral Rubens apareceu na área para fazer o gol da vitória atleticana.
Apesar da derrota, os jogadores do Ipatinga estão de parabéns pela atuação e organização do time, que não sentiu o peso da estreia com estádio lotado contra uma das principais equipes do futebol brasileiro.
Mais entrosado
No Mané Garrincha, em Brasília, Cruzeiro e América fizeram um bom clássico, prevalecendo no final o melhor entrosamento do Coelho, que venceu de 1 x 0 e tendo tido, também, um gol anulado no 2º tempo.
Claro que o torcedor cruzeirense está preocupado com o time, que ainda não adquiriu um formato compatível para quem dentro de pouco tempo irá disputar a Série A nacional.
O técnico Paulo Pezzolano assumiu a culpa pela derrota e disse que não se abala com as críticas, mas é fundamental que comece logo a vencer, começando pelo jogo de logo mais no Independência, contra o Pouso Alegre.
Times gigantes com enormes torcidas, como é o caso do Cruzeiro, precisam de vitórias para que o ambiente fique mais leve e o treinador possa realizar experiências com jogadores, ajustes no esquema tático, sem maiores turbulências e atropelos.
FIM DE PAPO
Sobre os acontecimentos lamentáveis ocorridos sábado no Ipatingão, onde milhares de torcedores do Galo tiveram suas vidas colocadas em risco, por conta da desorganização do evento. O Ipatinga, como mandante, e a Federação Mineira de Futebol, como promotora do Campeonato Mineiro, são os responsáveis diretos pela segurança de torcedores, jogadores, autoridades, demais presentes no estádio, como prevê o Estatuto de Defesa do Torcedor” (Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003).
A Polícia Militar é a responsável pela segurança no espaço externo e, também, no interno do estádio, inclusive na divisão das torcidas. A Prefeitura de Ipatinga, como dona do Ipatingão, tem responsabilidade na logística estratégica, sobretudo, para abertura de portões de acesso e saída dos torcedores nos horários previstos, além de disponibilizar água, banheiros, vestiários e demais instalações em perfeito estado, áreas interna e externa limpas e desimpedidas para a movimentação livre dos torcedores, venda de produtos nos bares e ambulantes, credenciamento de autoridades, entre outras obrigações menos relevantes.
Todos falharam em quesitos básicos por inexperiência e, em certos casos, por incompetência. O que não pode é haver omissão de qualquer um desses entes citados, ou ficar um apontando o dedo para o outro procurando transferir responsabilidades pelos erros, que foram muitos e de todos. Devem, sim, aproveitar o calor dos acontecimentos para se reunir e, com humildade, fazer um mea culpa” coletivo.
Quando o assunto for segurança de milhares de pessoas, não se pode titubear nas decisões ou varrer o problema para debaixo do tapete. Custaram décadas de empenho e sacrifício de muita gente, além de vultosos recursos públicos, colocar o Ipatingão no patamar dos mais belos, seguros e confortáveis estádios do país para sediar grandes jogos de futebol. Dessa vez, flertamos com a tragédia. Não podemos desperdiçar a chance que nos foi dada de refletir, corrigir os erros cometidos, alguns deles amadores, para que não mais se repitam. (Fecha o pano!)
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