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03 de fevereiro, de 2023 | 14:30

Tabagismo, alcoolismo e sedentarismo são os principais responsáveis por casos de câncer em adultos

Divulgação
Fatores ambientais representam 90% dos casos em adultosFatores ambientais representam 90% dos casos em adultos

Em fevereiro, os olhares de todo o mundo estão voltados para o Dia Mundial de Combate ao Câncer, dia 4, e o Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância, dia 15. As datas buscam conscientizar sobre a importância da prevenção e do controle da patologia, considerada uma das doenças mais complexas e preocupantes, que podem afetar o ser humano em qualquer faixa etária.

Os dados são alarmantes. O câncer se manifesta em mais de 100 tipos e é a segunda principal causa de mortes no mundo, responsável por cerca de 10 milhões de óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 704 mil novos casos no triênio 2023-2025. Em adultos e idosos, os tipos de câncer mais frequentes são o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Embora mais frequente na população idosa, a doença pode acometer jovens e crianças. O número esperado de novos casos ao ano de câncer infanto-juvenil é de cerca de 8 mil. Os tumores mais comuns na infância são leucemias (33%), tumores do sistema nervoso central (16%) e linfomas (14%).

“Uma particularidade do câncer infanto-juvenil é que ele tem menor período de latência (tempo de evolução clínica), maior rapidez de crescimento e agressividade. Contudo, também apresenta melhor resposta ao tratamento oncológico, com chances de remissão que podem chegar a 90%”, explica o oncologista pediátrico da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Lucas Teiichi.

Segundo dados do Inca, estima-se que 80% a 90% dos casos da doença em adultos poderiam ser evitados, sendo a minoria hereditária, ou seja, que pode ser transmitida por gerações. O oncologista reforça que o câncer assume características diferentes em adultos e crianças. “Em adultos está relacionado ao avanço da idade e aos hábitos nocivos de vida, como tabagismo, etilismo e outros riscos de exposição (câncer de pele)”, pontua.

Já na infância, o câncer, em sua maioria, não tem relação com fatores ambientais. “Geralmente, alguns cânceres diagnosticados em crianças são específicos da infância, que raramente acometem adultos, a exemplo do retinoblastoma (câncer ocular infantil), nefroblastoma (também conhecido como Wilms, tipo raro de câncer de rim encontrado em crianças na faixa dos 2 aos 5 anos”, explica.

Apesar de ser uma patologia conhecida há séculos, o câncer é uma das doenças mais estudadas pela comunidade médico-científica devido seu caráter epidêmico, ocupando lugar de destaque em pesquisas. Embora preocupante, é importante ressaltar que a patologia não é uma sentença de morte, independentemente da idade.

Informação e conscientização são palavras-chave para a prevenção e o controle da doença. “Quanto antes um câncer for diagnosticado, melhores as chances de sucesso do tratamento. Então, privilegie você, se cuide, alimente-se bem, exercite-se, faça exames preventivos e esteja em alerta com a sua saúde e de seus filhos”, conclui o oncologista.
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