24 de janeiro, de 2023 | 13:00
Opinião: É preciso planejamento financeiro para viajar e aproveitar a folia de carnaval
Aline Soaper *
Em algumas cidades, os foliões já esquentam os tamborins para a folia de Carnaval, que ocorre esse ano entre os dias 17 e 22/ de fevereiro. Depois de quase dois anos de pandemia, em 2023 será o primeiro ano que as cidades brasileiras flexibilizam” de vez as regras sanitárias. No entanto, viemos de um 2022, quando a inflação foi uma das maiores vilãs dos brasileiros: com uma taxa de 5,79% acumulada no ano, puxada principalmente pelos alimentos e bebidas. Os preços de combustíveis e passagens aéreas também pesaram no bolso. Diante disso, o desejo para esse ano é aproveitar a folia com economia. Saber sua condição financeira é essencial para conter os gastos e evitar dívidas.Com o cenário de preços em alta, o Carnaval pode pesar no bolso dos brasileiros. A pesquisa Rio de Janeiro a Janeiro”, elaborada pela FGV em 2022, revelou que o gasto médio dos brasileiros, que viajaram para o Rio de Janeiro, foi de pouco mais de R$ 1.500, considerando hospedagem, alimentação, transporte, entretenimento e compras - com permanência de 6 dias, considerando turistas nacionais. O Carnaval em Belo Horizonte, em 2023, vai custar cerca de R$ 1.000 por dia para os turistas, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SindiHBaRes), considerando hospedagem, alimentação e no transporte dos visitantes. O gasto médio depende da programação de cada pessoa. E quem vai viajar, obviamente vai gastar mais, se vai optar por ficar na sua cidade, os custos diminuem.
Antes de comprar algo, veja no armário tudo que
sobrou de anos anteriores e avalie o que pode ser
reutilizado ou recombinado para gerar novas fantasias”
No Carnaval, você pode gastar muito, caso resolva viajar em cima da hora e, principalmente, para algum lugar mais longe. O ideal seria ter um planejamento para a data e nunca decidir por impulso. Quem vai viajar, pode adotar ainda algumas posturas para não estourar o orçamento, assim como quem ficará na cidade onde mora.
De maneira geral, o que indico é ver a programação do Carnaval, de onde você pretende ir, e planejar as maneiras mais baratas de se locomover, como ônibus e dividir gastos de combustível com os amigos, por exemplo. Se for para os blocos de Carnaval, vale identificar pontos para comer e beber. Em alguns casos, até, levar uma bolsa térmica com lanches.
O ideal é saber quanto dinheiro você poderá gastar, sem esquecer das despesas fixas do mês (como contas de aluguel, luz, água, etc). Em Minas Gerais, logo depois do carnaval haverá o período de pagamento do IPVA. Também é necessário definir a quantia disponível: se você tem uma viagem programada, terá as despesas com alimentação e transporte. Para isso tem alguns aplicativos permitem cadastrar metas financeiras e despesas, mas dá pra usar uma planilha ou anotar tudo no papel. Anotar gastos é a melhor forma de controla-los.
Se essa viagem for em grupo é importante resolver e dividir gastos antes, para evitar impulsos do grupo e reduz o risco da alta de preços. Se a viagem é de última hora vale recorrer aos aplicativos onde pessoas oferecem suas casas de forma gratuita, cedendo um sofá, uma cama ou um colchonete, ou aplicativos de carona. Mas lembre-se de deixar amigos e familiares avisados sobre isso. Em qualquer viagem, tenha uma planilha atualizada com os gastos.
Antes de comprar algo, veja no armário tudo que sobrou de anos anteriores e avalie o que pode ser reutilizado, recombinado para gerar novas fantasias ou itens que podem virar fantasias legais. Também vale trocar fantasias com os amigos (as). Considere usar itens como uma saia de tule preta, que você usou no Halloween, por exemplo. Se vai confeccionar uma fantasia, busque lojas de comércio popular da sua cidade. E sempre peça desconto, principalmente em compras à vista. Dá para customizar camisetas ou fazer próprio adereço, mas veja se você tem habilidade para isso, senão vai acabar jogando dinheiro fora. Se você quer caprichar um pouco mais, também é possível comprar fantasias de segunda mão em lojas especializadas ou na internet.
* Fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc), Aline Soaper é formada em Direito, com pós-graduação em Direção e Orientação Educacional e há sete anos atua como educadora financeira.
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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