30 de dezembro, de 2022 | 14:00

Opinião: Vamos fazer um 2023 feliz?

Luiz Carlos Amorim *

Foi-se o terrível ano de 2020, não se mais ou menos terrível que 2021, que também já fica no passado, embora nãos possamos esquecê-los, jamais, e está no fim o ano de 2022, que conseguimos superar, graças a Deus, pois a vacinação foi quase geral e chegamos à quarta dose, já aguardando a quinta. E termina com a descoberta de uma nova variante do vírus, na China, mais contagiosa que as anteriores, pois segundo o que se pode divulgar do que acontece lá, foram contaminados mais de 200 milhões de pessoas no mês de dezembro. Assustador, não? Mas no Brasil, segundo os epidemiologistas e afins, a pandemia está controlada e só pode agravar se acontecer uma nova variante que as vacinas de até agora não cubram. Então nosso pedido de Ano Novo é para que não tenhamos novas variantes por aqui.

O fato é que acabamos que comemorar a data maior da cristandade, 2023 está para começar e temos que confiar que a renovação, o renascimento que o Natal nos traz fortificará a nossa fé no Universo para que o novo ano seja melhor. E será. O governo do Brasil está mudando e esperemos que a saúde, pelo menos, seja melhor administrada. Teremos que continuar com os cuidados, ainda em 2023, pois estamos quase todos vacinados e precisamos continuar a vacinação, mas a covid continua aí e continuam aparecendo novas variantes muito mais contagiosas. Eu, que até agora não tinha sido apanhado, peguei a covid em Portugal, há um mês.

“Que venha 2023, o ano do abraço, do beijo, do
sorriso com os dentes à mostra, do abraço de mãos”


Pelos menos agora, nestas festas, já podemos nos reunir – embora não devamos abusar, precisamos cuidar com aglomerações – e podemos abraçar, apertar a mão, conviver. Poderemos trabalhar, ir à escola, a restaurantes, ao teatro, visitar os amigos, voltar ao “normal”, mesmo que não seja o normal de antigamente, mesmo que seja um novo “normal”. Porque a falta de proximidade, a solidão, a falta do abraço e da convivência nos mudou, a pandemia mudou todo o mundo e precisamos nos adaptar a um “novo” normal. Mas se passamos por três anos de pandemia, terríveis, como não nos adaptarmos a um “novo” normal? Desde que a ameaça seja afastada, enfrentaremos tudo, e há muito que enfrentar, pois a economia está seriamente prejudicada, a inflação está subindo a olhos vistos e não há trabalho para todos que ficaram sem ele, mais do que antes da pandemia. Temos muita dificuldade pela frente, mas se for sem a covid-19, com uma covid-19 mais amena, venceremos.

O Natal foi feliz, o ano de 2023 será melhor, se Deus quiser. Que venha 2023, o ano do abraço, do beijo, do sorriso com os dentes à mostra, do abraço de mãos. Nunca imaginei que não poder ver o sorriso do outro doeria tanto em nós. Mas aprendemos a sorrir com os olhos, não foi? Então o novo ano do abraço, do beijo, das mãos abraçadas será o ano do sorriso com dentes, que acompanhará, finalmente, de novo, o sorriso dos olhos. Tenho plena consciência do valor disso tudo, pois nesses últimos anos abençoados deixei de abraçar meu neto, minhas filhas, meus irmãos, minha mãe, meus amigos. Sei a falta que isso faz. Então vamos fazer festa, vamos comemorar o ano novo que chega, mas sem aglomerações, com cuidado, pois o vírus ainda está circulando por aí. Vamos pedir de presente de Ano Novo que o vírus fatídico perca a força, que vire só “uma gripezinha”, mesmo que fique indefinidamente por aí e que tenhamos que tomar vacinas todos os anos, como fazemos para a gripe.

Feliz novo ano para todos. E quando digo isso, não é da boca pra fora, não é uma formalidade. É um desejo forte, uma certeza como nunca tive antes. Precisamos comemorar 2023 para que ele seja bom. Para que sejamos fortes para lutar por um ano melhor em nossas vidas.

* Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 42 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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