23 de dezembro, de 2022 | 13:33

Fiemg projeta crescimento de 4,6% do PIB de Minas Gerais em 2022

Rovena Rosa/Agência Brasil
Resultado projetado é superior ao nacional e foi puxado pelo segmento de serviços e agropecuáriaResultado projetado é superior ao nacional e foi puxado pelo segmento de serviços e agropecuária

O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais deve encerrar 2022 com crescimento de 4,62%, resultado acima do nacional, que ficará próximo de 2,9% no mesmo período. Esses dados fazem parte do Balanço Anual 2022 e perspectivas para 2023, apresentado nesta semana pela Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O documento, disponível no site da Fiemg, apresenta uma análise detalhada sobre a economia regional e nacional, informa a instituição.

De acordo com o presidente da federação, Flávio Roscoe, os indicadores positivos do estado foram puxados, sobretudo, pelo bom desempenho dos setores de serviços, com alta de 5,7%, e agropecuária, que cresceu 11,8%. Esse último segmento foi impulsionado pela expansão dos cultivos de café, milho, soja e cana de açúcar. “É importante seguir com a realização de reformas estruturais para o crescimento sustentável do país”, frisou.

Com relação ao PIB industrial, a Fiemg prevê que Minas pode registar em 2022 uma expansão de 1,14% e, no ano que vem, 1,5%. Em 2021, o estado viu a produção industrial crescer 9,7% em relação ao ano anterior. “Nos últimos anos, o setor produtivo mineiro apresenta desempenho 2,5 vezes maior que o restante do país”, observou o gerente da Gerência Economia e Finanças Empresariais da Federação, João Gabriel Pio.

Tanto o economista quanto Roscoe frisaram que a retração da economia mundial, o lockdown da China em decorrência da pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia ainda surtem efeitos relevantes nas cadeias produtivas globais.

Motor da economia

Flávio Roscoe voltou a enfatizar a importância da indústria mineira para o desenvolvimento sustentável do estado e país, gerando emprego e renda. Em Minas, por exemplo, o setor é responsável por cerca de 24% das vagas formais de trabalho (1,2 milhão de postos) e paga aproximadamente 24% da massa salarial.

“Do total de empresas que inovam no Brasil, 88,7% estão ligadas à atividade industrial. Além disso, 43% das novas tecnologias desenvolvidas pela indústria são destinadas à redução de impactos ambientais. Minas Gerais é responsável por 11% do total das empresas que produzem inovação no Brasil, sendo que 44,3% das inovações realizadas são destinadas ao desenvolvimento de tecnologias que geram soluções ao meio ambiente”, afirma.

Ânimo do industrial

Conforme o balanço, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de Minas Gerais oscilou ao longo de 2022 frente a diferentes cenários políticos e econômicos. O Icei varia de 0 a 100 pontos e os valores acima de 50 significam confiança. O medidor tem dois componentes que são condições atuais e expectativas e ambos refletem no resultado.

Neste ano, o Icei começou com 57 pontos e chegou a 62,9 em setembro, o mais elevado do ano. A partir de outubro, porém, mês marcado pelas eleições, os índices de confiança começaram a arrefecer e, em novembro, registrou a queda mais significativa desde abril de 2020, marcando 52,4 pontos.
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