21 de dezembro, de 2022 | 14:09
Adolescentes não se vacinam contra o HPV por desinformação, constata estudo da UFMG
A vacinação contra o Papilomavírus humano (HPV) previamente ao início da atividade sexual compõe um dos pilares da estratégia global para eliminar o câncer cervical. No Brasil, a vacinação contra HPV iniciou em 2014, contudo, a meta de imunizar 80% das meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos nunca foi alcançada. Estudo realizado por pesquisadores da Escola de Enfermagem da UFMG, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, que entrevistou 159.245 estudantes brasileiros de 13 a 17 anos, revelou que o principal motivo alegado pelos adolescentes para não terem se vacinado contra o HPV foi não sabia que tinha que tomar”, correspondendo a 46,8% dos entrevistados. As informações são da assessoria de comunicação da UFMG.
Este é o primeiro estudo que investigou os motivos para a não vacinação contra o HPV utilizando a base de dados da PeNSE. Por isso, conforme os pesquisadores, os resultados desta pesquisa poderão subsidiar políticas públicas e estratégias de saúde para o controle e a prevenção do câncer de colo de útero no país.
O estudo revelou, também, que a distância ou dificuldade para ir até a unidade ou serviço” foi a resposta mais frequente entre os adolescentes matriculados em escolas públicas brasileiras. Em escolas particulares, os motivos mais frequentes para a não vacinação foram: mãe, pai ou responsável não quis vaciná-lo” e medo de reação à vacina”.
Dentre os estados do Sudeste, Minas Gerais apresentou a maior proporção da resposta não sabia que tinha que tomar a vacina contra o HPV”, alcançando 47,1%.
O estudo concluiu que o fortalecimento das políticas públicas e das estratégias de saúde, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país, é essencial para melhorar os indicadores de vacinação contra o HPV no público adolescente.
Além da professora Tércia Moreira, o estudo é de autoria dos estudantes de graduação em Enfermagem Isabella de Alcântara Gomes Silva e Elton Junio Sady Prates; da aluna de pós-doutorado em Enfermagem, Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá e dos docentes da EEUFMG, Deborah Carvalho Malta e Fernanda Penido Matozinhos.
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Vera Lúcia
02 de janeiro, 2023 | 12:47Orgulho do trabalho desenvolvido pela UFMG. Parabéns aos pesquisadores que seguem trabalhando e resistindo!”
Cassiane Durães
24 de dezembro, 2022 | 10:29Parabéns pelo importante estudo! A UFMG é um patrimônio nacional, sempre provendo pesquisas de grande relevância científica e social.”