09 de dezembro, de 2022 | 07:45

INSS alerta segurados para golpe envolvendo a ''revisão da vida toda''

Instituto Nacional do Seguro Social reforçou, em comunicado, que não entra em contato com segurados para oferecer serviços ou benefícios

Hellen e Tâmara Fotografia & Arte
  ''A revisão não serve pra todo mundo'', destacou Joseane Zanardi ''A revisão não serve pra todo mundo'', destacou Joseane Zanardi
(Stéphanie Lisboa - Repórter do Diário do Aço)
Acompanhar a celeridade e a “criatividade” dos estelionatários para criar novos golpes é um desafio diário para o brasileiro. No golpe da vez, os criminosos utilizam o nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na tentativa de enganar os assegurados, utilizando um assunto que passou a ser tratado com certa frequência nos últimos dias: a “revisão da vida toda”.

Para advertir a população, o instituto publicou um texto em seu site fazendo o alerta. “O INSS informa que não entra em contato com seus segurados por telefone ou outros canais para oferecer serviços ou benefícios e tampouco revisões de valores”.

No dia 1º de dezembro, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento sobre a chamada “revisão da vida toda”. Com o assunto em pauta, os estelionatários logo trataram de usar o tema para tentar aplicar o golpe.

Dicas
O INSS apontou algumas dicas de segurança para o segurado que receber qualquer contato se tratando da “revisão da vida toda”, seja via telefone, e-mail, ou pelas mídias sociais. As orientações são: “não passe seus dados pessoais, como CPF, telefone, endereço ou número do benefício; não envie foto de documentos ou fotos pessoais; nunca compartilhe sua senha de acesso ao gov.br; não realize depósitos, pagamentos ou transferências. Os serviços prestados pelo INSS são todos gratuitos; caso suspeite de golpe, bloqueie o contato e faça um boletim de ocorrência”.

Assédio aos segurados
Não bastasse a tentativa de golpe, após a decisão do STF, muitos dos segurados também têm sofrido com o assédio. A coordenadora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Joseane Zanardi, falou sobre essas abordagens, em entrevista ao Diário do Aço. “Vem sendo feitas por telefone, gente ligando para o aposentado dizendo que ele tem direito à revisão, gente mandando carta já dizendo qual é o valor da diferença”.

Segundo a representante do IBDP, o aposentando precisa ficar atento e, em alguns casos, registrar uma ocorrência. “Se ele estiver recebendo esse tipo de assédio, a gente recomenda, inclusive, que ele faça um boletim de ocorrência e denuncie isso porque é crime. E tem que tomar cuidado, porque além da questão do vazamento de dados que já aconteceu, se ele receber esse tipo de assédio, ele não pode confiar nisso porque essa revisão não é para todos”, orientou.

Revisão da vida toda
Joseane Zanardi explica que a “revisão da vida toda” não se aplica a todo mundo, pelo contrário, poucas pessoas terão direito à revisão. “É para aquelas pessoas que tem contribuições altas anteriores a 1994, que não entraram no cálculo da aposentaria pela regra a partir de 1998”.

Para pleitear a revisão, a coordenadora do IBDP sugere algumas instruções básicas: “O aposentado tem que procurar um especialista para verificar se é cabível à aposentadoria dele e, sendo viável, ingressar com a ação judicial individual. Não vai ser feita nenhuma atitude por parte do INSS de chamar os aposentados lá e pagar qualquer diferença no momento”, explicou.
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