09 de dezembro, de 2022 | 07:20

População é chamada para ajudar no combate ao Aedes aegypti

Ela observa que no período chuvoso a preocupação com as doenças é maior, pois é comum encontrar focos nas casas dos moradores

Divulgação
Servidora da Saúde pede apoio de moradores para eliminar focos do mosquito Servidora da Saúde pede apoio de moradores para eliminar focos do mosquito

Com o período chuvoso, o número de focos de mosquito tende a crescer, assim como os casos de dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo Aedes aegypti. A coordenadora dos agentes de endemia de Santana do Paraíso, Maria Aparecida de Sousa Rocha, faz um alerta para a população e pede que ajude o poder público no combate ao mosquito.

Ela observa que no período chuvoso a preocupação com as doenças é maior, pois é comum encontrar focos nas casas dos moradores. “Após a covid-19, as pessoas se descuidaram muito em relação ao combate ao Aedes. Parece que se esqueceram que existe dengue. Peço à população que tire dez minutos de seu tempo e faça uma vistoria no quintal, isso ajuda e muito, é importante porque o agente só passa na casa do morador a cada 60 dias. Você pode evitar a proliferação do mosquito e que a doença chegue”, reforça.

Maria Aparecida pondera que não é necessário dedicar um tempo diário para tal, apenas uma vez na semana é suficiente para recolher possíveis depósitos, como cascas de ovo, latas, tampas e vasos de plantas. “É possível eliminar a água parda. O mosquito deposita seus ovos no local seco e quando a água chega começa o problema.

Temos de ficar atentos nesse período chuvoso e quente, pois as larvas proliferam muito rápido, viram mosquito muito rápido. Além da dengue existe a zika e chikungunya, que podem deixar a pessoa com dores pelo corpo, que podem se tornar crônicas, e a dengue hemorrágica, que pode matar. Então devemos ficar atentos. Não vamos deixar só para o poder público, precisamos fazer a nossa parte e cuidar de casa e da nossa rua, para evitar que a gente adoeça”, reitera.

Estado
De janeiro até o momento (6/12), Minas Gerais registra 89 mil casos prováveis de dengue. Deste total, 68.728 casos e 63 óbitos foram confirmados para a doença. Em 2021, foram 23.103 casos prováveis de dengue.  

Segundo a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Danielle Capistrano, embora o ano de 2022 não seja considerado um endêmico (período que ocorre a cada três anos), vivenciamos um aumento expressivo da taxa de incidência da doença, principalmente em municípios de pequeno porte populacional. Nos últimos anos endêmicos, 2019 e 2016, foram registrados 475.754 e 524.784 casos, respectivamente. O período atual apresentou um aumento nos registros dos casos em comparação ao ano 2021. 
Álbum Pessoal
Maria Aparecida de Sousa Rocha é coordenadora dos agentes de endemia de Santana do ParaísoMaria Aparecida de Sousa Rocha é coordenadora dos agentes de endemia de Santana do Paraíso


“A situação deste ano demonstrou que houve uma concentração de casos em municípios menores. É o que chamamos de aglomerado de casos, geralmente a dengue, também verificamos um aumentando nos casos de chikungunya.

Tivemos situações em que foi necessário acompanhamento com equipe de campo em alguns municípios, com ações de bloqueio e de mobilização social. Por outro lado, tivemos municípios que viveram uma situação mais tranquila, o que não quer dizer que o próximo ano terá o mesmo padrão”, analisa.   

Em relação à febre chikungunya, foram confirmados 6.149 casos. Até então, não há nenhum óbito confirmado por causa da doença no estado. Quanto ao vírus zika, foram confirmados 16 casos da doença, também sem nenhum óbito. 

Ações de enfrentamento 
Com o objetivo de reduzir os riscos de ocorrência de casos e preparar as equipes que atuam no combate ao Aedes, a SES-MG já iniciou uma série de ações, como capacitação dos profissionais, alinhamento de estratégias nos territórios e sensibilização da população quanto aos cuidados necessários para o combate ao vetor. 

Em novembro, a SES-MG lançou, ainda, a “Campanha Tchau, Dengue, Tchau”, que reforça junto à população os cuidados necessários para evitar a proliferação do vetor. 
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