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28 de novembro, de 2022 | 13:32

Senado pretende votar e legalizar jogos de azar no Brasil ainda em 2022

Agência Senado
Proposta de legalização de jogos tramita no Congresso Nacional há vários anos, sem consenso Proposta de legalização de jogos tramita no Congresso Nacional há vários anos, sem consenso

Um tema bastante controverso e que se arrasta por diversos anos até agora, a legalização dos jogos de azar encontra nova chance de acontecer, e talvez ainda este ano. Para evitar desgaste ao novo governo que se inicia em janeiro, o Senado quer que cassinos e outras modalidades como bingo e jogo do bicho sejam aprovados ainda este ano.

Atualmente, é ilegal que existam cassinos e qualquer modalidade de jogo de azar dentro do território brasileiro. Como exceção por falta de menção na lei, os cassinos online provenientes do exterior e acessíveis pela internet acabam sendo uma opção legal. Inclusive, eles se tornaram ainda mais acessíveis com a criação de cassinos com depósito mínimo baixo via Pix.

O que muda com a aprovação do Projeto de Lei?

Desde a aprovação pela Câmara em fevereiro de 2022, o texto do projeto que aprova jogos de azar em geral, o 442/91, deverá ser relatado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP). Se aprovado e sancionado pelo Presidente, o projeto tornaria legais atividades como cassinos (um a três por estado), jogo do bicho e bingo, muito populares no Brasil apesar da ilegalidade.

Por meio de licenças, haveria um controle sobre o estabelecimento e manutenção de cassinos e pontos de apostas, assim como a arrecadação ausente no atual formato de operação de cassinos online estrangeiros.

Outro ponto pouco mencionado quando se fala sobre o projeto é a possibilidade de estabelecimento de cassinos fluviais e itinerantes, que ficariam não mais que 30 dias numa mesma localidade. O número desses cassinos por rio poderia chegar a três, mas sempre dependendo da extensão do rio.

O projeto pode mesmo ser legalizado?

Para os defensores da legalização e estabelecimento de cassinos no Brasil, a arrecadação por meio de taxas pela licença e impostos é o principal motivo para aprovarem o projeto. Além disso, a vontade de evitar desgastes para o novo governo está forçando uma nova aceleração da discussão.

Por outro lado, nem toda barreira à votação do projeto nesse momento se dá por antagonismo. Há aqueles que defendem que a pauta só deve vir à tona após a regulamentação das apostas esportivas, que já ajudaria a estabelecer regras e a iniciar a arrecadação pelo governo dessa atividade similar.

Também é certo que, como esperado, a ala evangélica defende que a aprovação dos cassinos facilitaria a lavagem de dinheiro e poderia aumentar o vício em apostas. Apesar dos indícios, também negam que a atividade geraria empregos e atividade turística, o que também é contraintuitivo.

A todos os que são contra ou a favor, resta aguardar, faltando menos de um mês útil para de fato discutir e finalizar a legalização dos cassinos. Também vale destacar que, assim como aconteceu com as apostas esportivas, pode ser que a regulamentação em si demore ainda mais. Afinal, a aprovação da atividade similar ocorreu em 2018 e sua regulamentação segue atrasada.

Caso não ocorra como esperado, existe o risco de que um tema tão controverso atinja o novo governo sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.
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