17 de novembro, de 2022 | 10:02
Grupo neonazista preso em Santa Catarina tem prisão preventiva decretada
A defesa dos detidos pediu a liberação deles, em audiência de custódia, o que foi negado pela Justiça
Divulgação PCMG
Operação foi deflagrada em um sítio onde neonazistas promoviam um encontro em Santa Catarina

Oito homens flagrados em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar de Santa Catarina durante um encontro de neonazistas tiveram as prisões em flagrantes convertidas em preventivas. O delegado da PC, Arthur Lopes, responsável pelo caso, confirmou o pedido, que foi acatado pela Justiça catarinense. A defesa dos detidos pediu a liberação deles, em audiência de custódia, o que foi negado pela Justiça.
Na operação, policiais encontraram material digital que ligava os presos a grupos extremistas, além de imagens de Hitler, livros nazistas e adesivos com suásticas. Alguns dos envolvidos confirmaram o envolvimento com a célula extremista e outros negaram. Eles têm entre 22 e 48 anos. Entre os presos, um é português, que mora do Brasil.
A operação da Polícia Civil de Santa Catarina foi deflagrada no começo da semana, quando chegaram denúncias à corporação informando que um grupo de pessoas promovia mais uma edição de um encontro anual neonazista em São Pedro de Alcântara, cidade da região metropolitana de Florianópolis.
A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A reunião foi promovida em um sítio na zona rural do município catarinense. No local, os policiais encontraram farto material digital que ligava os presos a grupos extremistas, além de imagens do ex-ditador alemão Adolf Hitler, livros nazistas, bordados e adesivos com suásticas e outros símbolos supremacistas.
A Polícia Civil de Santa Catarina informou que os envolvidos fazem parte de uma célula neonazista com membros dos três estados da região Sul e integram um grupo skinhead internacional. Entre os presos, dois já tinham histórico de crimes de homicídio decorrentes de intolerância.
Um deles foi condenado por tentativa de homicídio durante um ataque skinhead contra judeus em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em maio de 2005, e usava tornozeleira eletrônica.
O outro criminoso preso foi denunciado pela morte de um casal após uma disputa entre lideranças de células neonazistas no Paraná, em maio de 2009.
A investigação teve início após troca de informações de inteligência com policiais militares de Santo Amaro da Imperatriz para apurar denúncia de que o grupo se reuniria em São Pedro de Alcântara. Os oito neonazistas foram conduzidos à delegacia e autuados em flagrante por associação criminosa e racismo. Um deles também foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
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