
13 de novembro, de 2022 | 14:00
É jogando que se aprende
Samir Iásbeck *
Seja de tabuleiro, videogame ou envolvendo algum exercício físico, todo mundo já jogou algum jogo pelo menos uma vez na vida, principalmente na infância e adolescência. Geralmente a atividade é realizada em momentos de descontração para relaxar e descomprimir, seja sozinho ou entre amigos, e sua prática traz diversos benefícios tanto para a mente quanto para o corpo.Porém, ainda que seja mais atrelado a momentos de diversão e lazer, os jogos podem ter um papel fundamental no aprendizado e socialização de pessoas de todas as idades, desde bebês até idosos. Segundo uma pesquisa da Etermax Brand Gamification, desenvolvedora argentina de games, 78% dos jogadores conheceram gente nova devido aos videogames, 42% fizeram amizade graças a eles e 61% estão inseridos em alguma comunidade de gaming.
Quem nunca brincou de amarelinha, teatro de fantoche, jogo da memória e quebra-cabeça em algum momento da vida? Embora sejam normalmente voltadas ao público infantil, são exemplos de atividades que ajudam a estimular o cérebro e desenvolver habilidades como comunicação, lógica e raciocínio. E justamente por sua capacidade de ensinar diversas lições é cada vez mais comum vermos práticas educacionais gamificadas nas instituições de ensino.
Há quem duvide da real capacidade de ensinamento das
atividades lúdicas, mas fazem parte de uma minoria que
certamente logo será convencida de que jogando se aprende”
Além de promoverem a concentração, fixação e a capacidade de memorização de informações, trabalho em equipe, inteligência emocional, cumprimento de regras e melhora na coordenação motora, elas também incentivam o lado criativo e a imaginação, o que ajuda a preparar os indivíduos para a vida adulta e todos os deveres e responsabilidades que vêm com ela.
Outra área que tem se beneficiado da aprendizagem por meio dos jogos e estratégias de gamificação é a de recursos humanos, que realiza processos seletivos e treinamentos corporativos por meio dessas atividades, fazendo com que os candidatos e colaboradores se sintam mais engajados e interessados e tenham seus desempenhos aprimorados.
Com um cenário como o atual, no qual as tecnologias fazem parte das rotinas da maior parte dos profissionais e estudantes e temos diversos estímulos vindo de todos os lugares a todo momento nos distraindo do que realmente importa, é cada vez mais necessário buscarmos estratégias diferentes e assertivas que consigam envolver as pessoas com os estudos. Já está mais do que comprovado que os jogos são efetivos nessa missão, então precisamos aproveitar tudo o que eles têm a oferecer para o desenvolvimento de uma sociedade mais estudiosa e inteligente.
Há quem duvide da real capacidade de ensinamento das atividades lúdicas, mas fazem parte de uma minoria que certamente logo será convencida de que jogando se aprende - e muito. Porém, de uma maneira mais leve, motivadora, rápida e divertida.
* CEO e Fundador do Qranio, plataforma mobile de aprendizagem que usa a gamificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais em todos os momentos
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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