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24 de outubro, de 2022 | 15:26

Roberto Jefferson é indiciado por quatro tentativas de homicídio contra policiais federais

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Agente da PF ri ao negociar rendição com Jefferson: 'Fica tranquilo'; conversa amigável ocorreu durante negociação para que o político se entregasse e relatava detalhes do ataque aos policiais federais Agente da PF ri ao negociar rendição com Jefferson: 'Fica tranquilo'; conversa amigável ocorreu durante negociação para que o político se entregasse e relatava detalhes do ataque aos policiais federais

O ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio. Decisão foi anunciada no início da tarde desta segunda-feira (24/10).

O indiciamento ocorreu em função do ataque praticado domingo (23), contra quatro agentes da PF que foram à sua casa, em Levy Gasparian, município do sul fluminense, para cumprir uma ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal contra o político.

Jefferson confessou que lançou duas granadas e atirou com um fuzil contra os policiais. Dois dos federais foram feridos, sem gravidade. O indiciamento foi confirmado pela assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

Preso depois de uma rendição negociada por oito horas, desde a noite de domingo (23), Jefferson está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na tarde desta segunda-feira, 24, ele foi submetido a uma audiência de custódia. A decisão foi por manter o político preso. Roberto Jefferson foi encaminhado para o presídio de Bangu.

Domingo, o político só se entregou depois da intervenção do ministro da Justiça, Anderson Torres, que acompanhou o caso de Juiz de Fora. O ministro foi enviado pelo presidente Jair Bolsonaro, de quem Jefferson se apresentava como aliado.
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Viatura da PF foi alvejada por pelo menos vinte disparos de fuzilViatura da PF foi alvejada por pelo menos vinte disparos de fuzil

Também por meio de nota, a Polícia Federal informou que os dois policiais que foram feridos por estilhaços de granadas disparadas por Roberto Jefferson, passaram por atendimento médico e passam bem. Ambos já tiveram alta hospitalar.

Prisão

O ex-deputado federal perdeu o direito à prisão domiciliar por ter desrespeitado medidas cautelares impostas pelo STF. Jefferson é investigado por suposta participação em milícias digitais que atuam contra a democracia e estava proibido de publicar conteúdos nas redes sociais. Ele tinha ordem de ficar afastado das mídias sociais, mas passou a utilizar as contas da filha dele, para fazer ataques a membros do Supremo Tribunal Federal e adversários políticos.

Agressor de cinegrafista da Inter TV é identificado e exonerado



O homem que agrediu o cinegrafista Rogério de Paula, da Inter TV, afiliada da TV Globo, durante a cobertura da prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), na tarde de domingo (23/10), era assessor parlamentar na Câmara Municipal de em Três Rios, no Rio de Janeiro — cidade a 20km de Comendador Levy Gasparian, onde Jefferson mora.

Em nota, a Câmara Municipal informou que, após Diego Lincoln Resende ser identificado no vídeo que circula nas mídias sociais decidiu pela exoneração do servidor nomeado. Diego era assessor do vereador Robson Souza (Robson Dentista), do PSDB, que, diante do ocorrido, solicitou à presidência da Casa a exoneração imediata do servidor.

A assessoria da Câmara Municipal acrescentou que o parlamentar não compactua “com qualquer tipo de violência e desrespeito”. “Ainda mais com um jornalista no exercício de sua função. Ressaltamos que o vereador é a favor da democracia, diálogo e liberdade de expressão”, concluiu.
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