21 de outubro, de 2022 | 09:30

Mastologista reforça importância da mamografia: ''Não tenha medo de fazer o exame''

SBMMG
A mastologista enfatizou que se o diagnóstico da doença for realizado precocemente a chance de cura é de até 95%A mastologista enfatizou que se o diagnóstico da doença for realizado precocemente a chance de cura é de até 95%

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima a ocorrência de 66 mil (66.280) novos casos de câncer de mama, neste ano, no país. Em Minas Gerais, também de acordo com o Instituto, é esperado que 8.250 mulheres sejam acometidas pela doença. O número de óbitos também chama a atenção, somente em 2020 foram 17.825 mortes devido ao câncer de mama no Brasil. Os dados reforçam a importância da campanha Outubro Rosa, realizada anualmente em todo o território nacional, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença.

O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição. Falar a respeito da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama pode ajudar a salvar vidas. Por isso, a campanha reforça que as mulheres realizem o exame. “Então é alertar mesmo, a todas as mulheres da importância de fazer exame de mamografia, de procurar um mastologista, de procurar um ginecologista e de se cuidar”, disse a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Minas Gerais (SBM-MG), Bárbara Pace.

Queda diagnóstico pandemia

Mas, apesar da importância da mamografia, a pandemia acabou mexendo com os números de exames realizados no país. Para se ter uma ideia, o Brasil registrou, no ano passado, a menor taxa de cobertura mamográfica (17% de alcance) para mulheres entre 50 e 69 anos. Os dados são do Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença de 2015 a 2021 no Brasil.

Bárbara Pace traz outro dado que expõe essa queda. “Infelizmente a pandemia diminuiu e muito o diagnóstico de câncer de mama. As pacientes com medo da covid não foram fazer exame e acredita-se que apenas 20% das pacientes fizeram exame de mamografia durante a pandemia”, informou.

A mastologista pontuou alguns dos impactos e prejuízos desse atraso de diagnóstico. “Depois chegaram casos de câncer de mama mais avançados, que necessitam de um tratamento, muitas vezes, cirúrgico e quimioterápico mais agressivos”, compartilhou e ainda completou. “Também diminui a chance de cura da paciente. Porque quando tem diagnóstico precoce chega a até 95%”.

Normalização

De acordo com a médica, aos poucos, as mulheres estão voltando a fazer o exame. Bárbara também destacou a força da campanha realizada neste mês para mobilizar um número maior de pacientes a procurarem pela mamografia. “Felizmente, agora que a gente não está mais em pandemia, as mulheres retornaram sim, e no mês de outubro esse rastreamento aumenta e muito. Essa campanha realmente ajuda muito na conscientização das mulheres sobre a importância do exame, aumentando em mais de 30% a procura da mamografia”, relatou.

Coragem

Para concluir, a mastologista deixou uma mensagem às mulheres: “Não tenha medo de procurar o diagnóstico, não tenha medo de fazer o exame, porque quando é diagnosticado precocemente a gente tem uma cura de até 95%. O medo atrapalha, o medo prejudica o tratamento”.
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