02 de outubro, de 2022 | 12:11

Mesmo sem obrigatoriedade, adolescentes de 16 e 17 anos vão às urnas em Ipatinga

Stéphanie Lisboa
João Paulo recebendo o comprovante de votação João Paulo recebendo o comprovante de votação

Apesar de não serem obrigados a votar, os adolescentes de 16 e 17 anos foram às urnas na manhã deste domingo (2), em Ipatinga, para exercer o direito como cidadãos. Alegria, orgulho, uma pitada de nervosismo devido à primeira eleição, mas um desejo em comum entre os mais jovens: a preocupação com o futuro e o anseio por um país melhor.

Na Escola Municipal Artur Bernardes, no bairro Canaã, a reportagem do Diário do Aço encontrou João Paulo. O estudante de 17 anos, que está no 3º ano do Ensino Médio e mora na Vila Celeste, admitiu que estava um pouco nervoso. “É a primeira vez que voto, estava bem nervoso, mas já estou mais calmo, achei que seria mais cheio, confusão ou alguma coisa assim, mas tá bem tranquilo”, explicou.

Motivação
Além de João Paulo, a reportagem conversou com mais três adolescentes. A pergunta principal: o que os motivou a estar ali mesmo sem a obrigação?

Rebeca Vitória, de 17 anos, moradora da Vila Celeste e no 3º ano do Ensino Médio, defendeu que é preciso se posicionar. “Pois envolve nosso futuro, futuro dos nossos filhos e amigos, então a gente tem que se posicionar para um Brasil melhor, se a gente não se posicionar as coisas vão se decidir por si só, e a gente não vai ter nem o direito de reclamar ou agradecer”, argumentou.

Stéphanie Lisboa
Um dos motivos que levou Bruna a ir votar neste domingo é o desejo de mudança em relação ao atual governo do país Um dos motivos que levou Bruna a ir votar neste domingo é o desejo de mudança em relação ao atual governo do país

A moradora do Canaã, Bruna Gabriela, de 17 anos, e que também está no Ensino Médio, disse que foi votar, principalmente, para que o cargo de presidente do Brasil seja ocupado por outro candidato. “Eu não apoio o Bolsonaro e eu quero que o Lula vença, e eu acho que o meu voto é muito importante, por mais que seja só mais um voto, ele pode perder por um voto, e é sobre isso”, afirmou.

João Paulo acredita que tem que aproveitar o direito que ele tem nas mãos. “Se eu tenho a oportunidade de aproveitar, que eu tenho chance de tornar o país melhor, votando no candidato que eu apoio, que tem os meus ideais, eu devia vir pra tentar ajudar, já que conquistaram esse direito pra mim”.

Stéphanie Lisboa
Tainara segurando, toda orgulhosa, o título de eleitor Tainara segurando, toda orgulhosa, o título de eleitor

Apesar da timidez, a moradora do Canaã, Tainara Gomes, de 16 anos, que está no 1º ano do Ensino Médio, declarou porque decidiu votar. “Acho muito importante. Pesquisei bastante antes de vir”, disse toda empolgada.

Responsabilidade
Cientes da responsabilidade que têm nas mãos, alguns dos jovens eleitores contaram que buscaram se informar sobre os candidatos para fazer a escolha correta. “Pesquisei bastante antes de vir, quis priorizar os candidatos que tivessem os ideais parecidos com os meus”, disse João Paulo.

Quem também pesquisou e contou com a ajuda do pai foi Rebeca Vitória. “Eu fiz bastante pesquisa com a ajuda do meu pai, ele me ajudou a me posicionar certinho e se Deus quiser meu voto vai vencer”.

Crescimento do eleitorado jovem
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve um crescimento significativo do eleitorado jovem no país. “Em comparação a 2018, quando os jovens de 16 e 17 anos somavam 1,4 milhão de votantes (0,95% do total), hoje há 2.116.781 de eleitores nessa faixa etária aptos a votar nas urnas eletrônicas, representando mais de 1,3% do total do eleitorado nacional. Ou seja, em quatro anos, o número de jovens de 16 e 17 anos prontos para votar cresceu mais de 51%”.
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Comentários

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Eu

02 de outubro, 2022 | 17:07

“Se já pode se tatuar, tb já pode votar, uai... Parabéns à galera jovem q já tá consciente do seu papel na democracia...se deixar só por conta dos tiozões do zap continuaremos perdidos...”

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