21 de setembro, de 2022 | 14:00

Precisamos eleger nova cabeça política 

Júlio César Cardoso *

Não se pode considerar sério quem opta pelo voto de rejeição, ou seja, votar num candidato X para não eleger Y e vice-versa. Isso equivale à anarquia eleitoral não condizente com o espírito democrático. 

Temos de respeitar os resultados das urnas, seja quem for o vencedor. Os artifícios empregados numa eleição, por exemplo, de duvidar da seriedade do sistema eleitoral eletrônico, devem ser condenados e refutados.  

A eleição presidencial não pode se transformar, pela polarização, em disputa fratricida. A busca pelo bem-estar da nação há de ser sempre perseguida pelos concidadãos, independentemente de viés político-partidário. 

“A eleição presidencial não pode
se transformar, pela polarização,
em disputa fratricida”


Os eleitores não podem esquecer que os problemas que afetam a sociedade, o país, necessitam encontrar soluções.  Ao dar-se ênfase à polarização em detrimento das demais candidaturas, corre-se o risco de se eleger alguém que deseja apenas o poder, mas que não vai solucionar ou minimizar as reais questões emblemáticas brasileiras.   

A polarização política, idiota, presenciada e explorada pela mídia, transcende as raias da razoabilidade, do bom-senso. Temos de ter cuidado para não sermos influenciados e seguir os resultados das pesquisas eleitorais. 

Eleição presidencial não pode ser vista, por exemplo, como partida de futebol, cujo resultado nem sempre glorifica o melhor. Temos de eleger o melhor candidato à presidência da República, isto é, aquele que reúne competência, qualidade ética e moral, espírito democrático amplo, respeito à liturgia do cargo e tenha plano de governo.  

“Eleição presidencial não pode ser vista
como partida de futebol, cujo resultado
nem sempre glorifica o melhor”


Mas um fato chama a atenção na disputa presidencial. Não é somente o incauto eleitor, desprovido de conhecimento político ou desligado dos problemas do país, que se vale da polarização para eleger o seu candidato.   
 
A deputada estadual por São Paulo, Janaina Paschoal (PRTB), declarou, em entrevista recente ao Estadão, que votará em Jair Bolsonaro apenas para não eleger a esquerda. É lamentável que uma parlamentar tenha esse posicionamento, num cenário em que existem outros candidatos íntegros, competentes, de condutas ilibadas e merecedores de votos. 
Ademais, somente eleitor sem noção de responsabilidade pode se valer de pesquisa eleitoral para escolher o seu candidato.  
 
* Servidor federal aposentado / Balneário Camboriú-SC

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Comentários

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Tião Aranha

21 de setembro, 2022 | 16:53

“O propósito de uma eleição é a alternância de poder. Quem já passou por lá uma, duas vezes já conhece bem e com muita profundidade todas artimanhas. Até a corrupção pode ser oficializada através do voto da maioria. Isso é muito frustante. Vai começar tudo de novo.”

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