16 de setembro, de 2022 | 16:00

Polícia Civil conclui inquérito sobre duplo homicídio ocorrido dentro do presídio

Reprodução de vídeo
Equipe da PCMG explicou em entrevista nesta sexta-feira, o andamento da investigação que envolve assassinato de presos dentro de unidade prisional, por um policial penal Equipe da PCMG explicou em entrevista nesta sexta-feira, o andamento da investigação que envolve assassinato de presos dentro de unidade prisional, por um policial penal

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou nesta sexta-feira (16) que concluiu o Inquérito Policial com indiciamento do policial penal Júlio de Oliveira, de 36 anos, por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, com duas qualificadoras em todos os crimes ocorridos dentro do presídio em Manhuaçu.

No dia 7 de setembro o policial entrou na unidade prisional alegando que pegaria algo em seu armário, foi à ala dos presos provisórios e efetuou vários disparos com uma pistola calibre 40. A motivação foi que a mulher do policial, em fase de separação, saiu à noite, foi para um bar, conheceu um homem, com quem saiu pelas ruas e depois alegou que foi estuprada.

Revoltado, o policial quis fazer justiça com as próprias mãos, antes da apuração dos fatos. Na ocasião, morreram os presos Evandro Belonato da Terra Junior, 34 anos (autuado como o autor de um estupro) e Wallison Costa Reis, 24 anos, que estava ao lado de Evandro. Outros dois presos da mesma cela, que nada tinham a ver com o fato também foram feridos a tiros. O policial penal foi preso em flagrante e encontra-se à disposição da Justiça, recolhido ao presídio destinado a policiais em Belo Horizonte.

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, na sede da Delegacia de Polícia Civil de Manhuaçu, o delegado Regional de Polícia Civil, Felipe de Ornelas Caldas, relatou a conclusão do inquérito. Ficou esclarecido que o policial não teve ajuda de nenhum outro agente. Os depoimentos mostram que, ao invadir a cela, o policial indagou a um dos presos se ele realmente tinha estuprado a mulher.

O preso negou e se ajoelhou, mas foi executado com dois tiros. Em seguida, o policial decidiu atirar em outros presos que nada tinham a ver com o caso. Enquanto isso gritava que queria "matar todo mundo" da cela do seguro, onde são encarceradas pessoas que respondem por estupro. "Acabou a munição da pistola, instalou outro carregador e continuou a atirar. Os presos se acumularam no banheiro, para escapar dos tiros", detalhou o delegado na entrevista à imprensa de Manhuaçu.

Outro inquérito

A versão de que a ex-mulher do policial foi estuprada, conforme ela alega, está em apuração no âmbito de outro inquérito. O delegado acrescentou que os investigadores conseguiram imagens das câmeras de segurança por onde a mulher e Evandro Belonato passaram depois de sair de um bar. Os vídeos mostram os dois caminhando pelas ruas da cidade. Em determinado momento pararam para usar entorpecente (maconha) e depois seguem caminhado por uma das vias.

Em determinado momento, as imagens mostram que os dois entraram por um beco, o homem foi à frente e a mulher foi atrás. Eles ficaram por um momento, depois saíram e voltaram. "Então se você me pergunta se houve estupro, não vou afirmar que teve ou que não teve, apenas relato as imagens que mostram os dois caminhando tranquilamente pelas vias", resumiu.

Encontro em bar

O delegado acredita que a mulher e Evandro se conheceram no bar. Em depoimento a mulher, de 39 anos, informou que era casada há 18 anos com Júlio de Oliveira, com quem tem quatro filhos, mas os dois decidiram se separar recentemente. Por isso na noite de 6 de setembro ela decidiu sair e ir para um bar. Lá conheceu um homem com quem bebeu e jogou sinuca. Esse fato é confirmado por testemunhas. Do bar eles saíram para caminhar pelas ruas até entrar em um beco, onde mantiveram relações sexuais por duas vezes. Depois a mulher acusou o homem de estupro e o acusado acabou preso por policiais militares quando chegava em sua residência. No depoimento prestado antes de morrer, ele confirma que manteve relações sexuais consentidas com a mulher que conheceu no bar, e alegou que ficou decepcionado ao ser informado que ela era esposa de um policial penal, em fase de separação. Aborrecido, decidiu afastar-se do local e deixou a mulher sozinha.

O delegado Felipe de Ornelas também afirmou que sua equipe atua no sentido de apurar os homicídios praticados pelo policial penal. Já a acusação de estupro é apurada em outro inquérito. Caso seja confirmado que houve o crime, será arquivado, pois o investigado está morto. Caso seja confirmado que a mulher mentiu, ela responderá criminalmente por denunciação caluniosa.

Indiciamento do policial

Em relação ao policial penal Júlio de Oliveira, foi indiciado por dois homicídios consumados e duplamente qualificados e dois homicídios tentados e igualmente qualificados. Responderá também por vias de fato com a mulher, com base na lei Maria da Penha, pois antes de ir para o presídio praticar os crimes ele teve um desentendimento violento com a mulher de quem estava em separação.


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Comentários

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Marina Ribeiro

17 de setembro, 2022 | 12:21

“Mulher esperta! Armou a cama de gato e o ex, entrou com as 4 patas e um marreco. Agora o caminho tá livre pra ela, frequentar os butecos e becos da vida. E alguém poderia alerta-la, que já tem 4 filhos e se em cada beco, ela entrar com um homem e transar 2 vezes, em breve a sociedade terá de ajudar a sustentar os filhos que ela irá gerar.”

Antonio M.

17 de setembro, 2022 | 08:43

“Pois é! Agora ela está livre do ex, e poderá sair com tantos outros homens sem preocupação alguma. Enquanto que o ex marido irá amargar na cadeia. rs”

Glaucia

17 de setembro, 2022 | 04:46

“Culpa da falta de caráter q essa mulher ñ têm. Várias vidas destruídas pôr inconsequência de 1única pessoa; ela foi egoísta e ñ pensou nem nos filhos! Destruiu várias vidas de 1única vez...”

Eu

16 de setembro, 2022 | 18:44

“Culpa do álcool e da maconha...”

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