
16 de setembro, de 2022 | 09:05
Mais de 20 ocorrências de incêndios florestais foram registradas no Vale do Aço de julho a setembro
Bruna Lage
Restos de árvore e folhas queimavam na tarde desta quinta-feira, no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso

O período de seca tem sido difícil no Vale do Aço. Com pastos e matas estorricados em razão da ausência da chuva, focos de incêndio foram registrados pela Polícia Militar de Meio Ambiente em vários lugares. De julho a setembro (até o momento) 24 ocorrências de incêndios florestais na região foram anotadas. A informação é do 1° Tenente, Comandante do 2° Pelotão da 12 Cia PM MAmb, Vicente Gonçalves dos Santos Filho.
Na tarde desta quinta-feira (15), a reportagem flagrou restos de folha e árvore em chamas numa rua paralela à avenida Carlos Edmundo Landaeta, no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso. Casos como esse são comuns, onde moradores ateiam fogo em restos e acabam perdendo o controle das chamas, iniciando um incêndio de grandes proporções, como explica o tenente Vicente.
Casos recentes
No dia 11 de setembro, um incêndio destruiu a vegetação na encosta do bairro Parque das Águas, na divisa com Santana do Paraíso. Antes, no dia 31 de agosto, uma equipe formada por Bombeiros Militares e brigadistas de outras instituições, como o Instituto Estadual de Florestas (IEF), combateu um incêndio florestal que atingiu uma área verde nas proximidades da comunidade rural de Licuri, em Timóteo. Um total de 17 hectares de área verde foi atingido.
Trabalho
Alex Ferreira
Na última semana de agosto vegetação foi devastada nas proximidades do Licuri, em Timóteo

A Polícia Militar tem realizado diversos registros de incêndio nessa época do ano. Conforme o tenente, muitos são criminosos, ou seja, que não se iniciam de maneira espontânea. Alguns praticados de forma dolosa e outros de forma culposa. É muito comum nesse período do ano as pessoas fazerem queima de lixo, de restos de galhadas e acabam perdendo o controle do fogo, configurando incêndios criminosos”, explica.
A pena para quem comete esse tipo de crime varia de dois a quatro anos de reclusão e multa, além de punição na esfera administrativa. A pessoa vai ser autuada e a multa vai variar de acordo com o tamanho e tipo de vegetação queimada. É muito importante que o cidadão faça a denúncia para a Polícia Militar, que pode ser feita de forma anônima, via 190 ou 181. A Polícia irá averiguar as situações, fazendo o devido registro, em busca de autoria”, esclarece.
Prejuízos
O comandante lamenta o prejuízo para fauna e flora. Segundo ele, é comum encontrar animais mortos, assim como outros que fogem para o meio urbano, em razão da perda de seu habitat natural. Quanto à flora, há grande perda de espécies, o que traz danos para todos.
A mensagem que deixamos para a comunidade é que evitem queimadas nessa época do ano, evitem queima de lixo, pois é muito fácil a perda de controle desse fogo. Isso pode provocar um incêndio florestal de proporções inimagináveis”, alerta.
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