07 de setembro, de 2022 | 09:12

Receptador de material furtado em construções é preso em Ipatinga

Um homem de 58 anos foi preso na noite de terça-feira (6) e, pela quantidade de material encontrado em poder dele, os policiais militares suspeitam que seja um dos maiores receptadores em Ipatinga. Cabos elétricos, ferramentas, escadas, baterias de automóveis e outros objetos estavam na casa localizada na rua Amazonita, aglomerado no bairro Jardim Panorama.

As equipes comandadas pelo tenente Plaster receberam informações sobre um furto ocorrido na avenida Carlos Chagas, no bairro Cidade Nobre, onde vários cabos elétricos foram furtados onde funcionava uma faculdade. Ao apurarem a situação, os PMs receberam denúncias sobre um morador do aglomerado da Amazonita que adquire os produtos furtados.

As viaturas foram ao local denunciado e encontraram o A.P.S., de 58 anos, quando confirmou que comprou os cabos furtados no Cidade Nobre nas mãos de um usuário de drogas. Ao verificarem o local, os policiais se surpreenderam com a enorme quantidade de objetos, como escadas, furadeiras, motoesmeril, lixadeiras, serras circulares, baterias de automóveis e sacos com cabos elétricos.

Grande parte dos cabos de energia elétrica já estava queimada para a retirada da proteção plástica e ficar somente o metal que é cobiçado pelos ladrões: o cobre. O homem confirmou que a maioria dos objetos ele comprou de usuários de drogas que frequentam o aglomerado em busca de dinheiro para adquirir entorpecente.

Os policiais recolheram dois baldes com diversas torneiras, entre elas uma gourmet avaliada em mais de R$ 1 mil. O material encontrado na casa de A.P. é predominante retirado de construções na cidade, onde os ladrões aproveitam a facilidade de acesso a estes locais. “Retiraram quase toda a parte elétrica do prédio que estou construindo”, disse uma das vítimas, um comerciante, ao reconhecer os cabos elétricos furtados na construção.

Este mesmo comerciante, ao lado de uma outra vítima que teve objetos furtados em sua construção, lembrou que há ainda os ferros-velhos e outras empresas que também compram material furtado. Ele acredita que deveria haver uma lei que obrigue estas empresas de reciclagem a identificar as pessoas que vendem tais produtos, com o objetivo de inibir os crimes. "Tem os furtos, porque tem alguém que compra", disse a vítima.

Entre os diversos objetos apreendidos estava até um cofre, possivelmente furtado em uma igreja evangélica nos últimos dias na cidade. Os policiais recolheram todo o material encontrado na residência do autor preso por receptação, além da quantia de R$ 1.437, e o caso foi encerrado no plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil.