30 de agosto, de 2022 | 06:00

Contagem regressiva

Fernando Rocha

Depois da goleada de 4 x 0 sobre o Náutico, na última sexta-feira, no Independência, o Cruzeiro volta a campo hoje, às 19h, para encarar o Sampaio Corrêa, em São Luís do Maranhão, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O jogo promete algum grau de dificuldade para o líder disparado da competição, pois o time da casa quando atua em seus domínios sempre oferece dificuldades aos adversários, sendo no momento o segundo melhor mandante, ficando atrás apenas do próprio Cruzeiro, que ainda não perdeu jogando nesta condição.

Com 57 pontos conquistados, 10 à frente do vice-líder Bahia e distante 19 pontos do Londrina, o primeiro fora do G-4, o que a torcida celeste mais quer é que se confirme a projeção dos matemáticos de 63 pontos para garantir o acesso.
Neste caso, na contagem regressiva tenta adivinhar se virá na 29ª rodada, contra o Operário-PR, no Mineirão, ou na 30ª, quando vai a Maceió enfrentar o CRB.

Clássico fraco
Foi o quinto clássico entre América e Atlético nesta temporada e, no geral, uma partida fraca que terminou em 1 x 1. O Coelho, ligeiramente melhor, deixou escapar a vitória no mínimo por 2 x 1, caso Henrique Almeida não tivesse perdido um pênalti ainda no 1º tempo com o jogo empatado, além de outra grande chance desperdiçada no finzinho por Aloysio, em ambos os casos com ótimas defesas do goleiro Éverson.

Pelo lado do Galo, o único fato relevante foi o desencantar do artilheiro e principal jogador do time, Hulk, que fez gol depois de sete jogos sem marcar no Brasileiro, além fazer de uma boa partida.

O América está cumprindo bem o seu papel de fugir do rebaixamento, enquanto a situação do Atlético preocupa cada vez mais, poi, desde a sua chegada como “salvador da pátria”, Cuca não conseguiu fazer o time engrenar, mesmo com o ótimo elenco que tem à sua disposição.

FIM DE PAPO

Desde que retornou ao Galo, Cuca dirigiu a equipe alvinegra em dez jogos e conseguiu apenas duas vitórias. Muito pouco ou quase nada para quem iria brigar por tudo, mas já ficou fora da Libertadores, da Copa do Brasil, além de estar praticamente afastado do título no Campeonato Brasileiro. E, se continuar nesta mesma toada, dificilmente conseguirá vaga no G-6 para disputar a pré-Libertadores no próximo ano, quando irá inaugurar a “Arena MRV”.

O assoprador de apito Ramon Abatti Abel(SC) e o VAR comandado por Rafael Tracy(PR) poderiam receber nota máxima não fosse o pênalti marcado contra o Galo, que, na minha opinião, não existiu. Réver estava de costas, não tinha como ver a bola que resvalou em seu braço sem ter como evitar. Mas junte-se a isso toda falta de educação dos jogadores e dos treinadores, que pressionam os árbitros diante da menor falha, dizendo palavrões, gesticulando exageradamente, muito em razão da certeza de impunidade, pois sabem que nada vai lhes acontecer ou que um “efeito suspensivo” não resolva, como aconteceu, recentemente, com o técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano.

Na última entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Cuca foi a cara do time: desanimado e perdido. Sem conseguir explicar o futebol medíocre apresentado, repleto de falhas individuais e coletivas, apesar do tempo de sobra para treinar a equipe, o treinador repetiu velhos chavões como a “falta de contundência”, na tentativa de justificar o injustificável. E apelou para o “acaso” e “falta de sorte”, acreditando que de uma hora para outra o pão com manteiga do Galo volte a cair virado para cima.

No clássico da MPB “Epitáfio”, o grupo Titãs diz na letra do refrão que “o acaso irá me proteger enquanto eu andar distraído”. No futebol, como na vida, às vezes isto acontece, mas, por se tratar de um jogo, no futebol quase sempre acontece o contrário, pois o time que joga mal acaba sucumbindo com os maus resultados e afunda cada vez mais, não sai do buraco. (Fecha o pano)
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