30 de agosto, de 2022 | 07:25

Andamento do censo do IBGE na região está abaixo do ideal, informa gerente

O prefeito acrescentou que alguns moradores temem que, ao informar dados pessoais, sejam prejudicados em relação ao recebimento de benefícios como o Auxílio Brasil

O gerente regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Douglas Menezes, participou da transmissão ao vivo na internet do prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius Bizarro (PSDB), ocorrida nesta segunda-feira (29). Eles chamaram a atenção da comunidade para o fato de que alguns moradores têm resistido em receber os recenseadores e que o andamento dos trabalhos está abaixo do ideal e que bairros como o Centro e Serra Azul são exemplos em que os servidores enfrentaram dificuldade.

Marcos Vinicius lembra que, depois de 12 anos, o município está recebendo o censo, o que para Coronel Fabriciano é importantíssimo. “Precisamos que você abra a sua porta para receber o recenseador, mas algumas pessoas não estão querendo abrir ou estão omitindo informações, o que pode trazer prejuízos sérios para o município. É através dessa avalição que vamos ver as políticas públicas, quantas vacinas, quanto de remédio terá de vir, quantos exames terão de mandar de mamografia, qual o déficit habitacional de Fabriciano, dentre outros pontos”, alerta.

O prefeito acrescentou que alguns moradores temem que, ao informar dados pessoais, sejam prejudicados em relação ao recebimento de benefícios como o Auxílio Brasil. “E não tem nada disso. Precisamos que toda a população abra a sua porta, principalmente quem mora em edifício. Se seu vizinho não está, diga a hora que ele volta para fazer (o Censo) com ele também. Precisamos de todos mesmo. É uma força-tarefa que a gestão tem realizado, junto com educação, saúde e assistência social, para que chegue em todas as casas do município”, aponta.

Andamento
Douglas Menezes salienta que, de uma maneira geral, o Censo transcorre “até bem”, mas o problema são as pessoas que, por algum motivo, não querem receber o recenseador em casa. “Precisamos destacar que as informações são sigilosas, não tem nada a ver com Auxílio Brasil, com seguro desemprego. Os dados são protegidos por lei. Ao não repassar os dados, esse cidadão prejudica as políticas públicas e o orçamento do município. Você que quer uma creche, precisa de vacina e tudo mais, não informar os dados impacta diretamente nas contas públicas do município, não somente do ano que vem, mas nos próximos dez anos, que é quando ocorrerá o próximo Censo e o que a gente calcular vai servir como base nos próximos anos”, frisa.

O gerente revela que, no momento, o Censo deveria estar com 33% do trabalho realizado, entretanto, o percentual é de 27%. “Ou seja, está um pouco atrasado. Esperávamos que pelo menos um terço da coleta tivesse sido feita a essa altura e peço a colaboração da população para levantarmos esse número”, pede.

Bairros
Sobre os bairros em que tem ocorrido mais resistência por parte da população, Douglas informa que no Centro, próximo à prefeitura, há 23 domicílios. “Tivemos um problema no bairro Serra Azul, próximo ao Unileste. Então, por enquanto, são as regiões que temos mais problema. Mas pulverizado no município sempre temos uma pessoa ou outra e alguns até partem para agressão verbal. O recenseador está tralhando no sol, dia após dia, e ainda é ofendido”, lamenta.

O Censo 2022 deve ocorrer até o mês de outubro. Antes que o trabalho seja encerrado, o poder municipal quer ajudar para que mais pessoas respondam ao questionário. “Vamos fazer algo para mostrar o que é esse trabalho. Vamos chamar os Correios e mandar uma carta para cada cidadão. Entendemos que para a políticas públicas isso é importantíssimo”, conclui o prefeito de Fabriciano.