19 de agosto, de 2022 | 10:37

Operação da PC e da PM resulta na apreensão de cerca de 150 Kg de drogas em Fabriciano

Quatro pessoas, três homens e uma jovem, foram presos durante uma operação realizada pela Polícia Civil e Polícia Militar em Coronel Fabriciano, na manhã de quinta-feira (18). Em poder dos suspeitos, os policiais apreenderam aproximadamente 130 quilos de maconha, 10 quilos de cocaína e oito quilos de crack, além de material utilizado para o refino e preparo do entorpecente no bairro Morada do Vale.

Os policiais receberam informações que um suspeito de 27 anos, conhecido por envolvimento com o tráfico, receberia uma encomenda de drogas no Morada do Vale. As equipes passaram a monitorar o indivíduo, que se encontrava na condução de um Toyota Corolla. Ele estava hospedado em um hotel, no Centro de Fabriciano, em companhia de uma jovem de 23 anos.

O alvo da denúncia foi seguido pelos policiais, quando ele se encontrou com ocupantes de dois VW Fox, um de cor prata e o outro de cor preta, na avenida Tancredo Neves. Os três veículos seguiram para o Morada do Vale, na rua Melvim Jones, onde os condutores descarregaram uma carga suspeita.

Apreensão

As equipes resolveram agir e abordar os suspeitos. No Fox Prata de um homem de 38 anos foram encontradas cinco barras de crack, material escondido debaixo do câmbio do veículo. Já no Fox preto, foram apreendidas diversas barras de maconha. Os policiais recolheram os celulares dos detidos.

Com o autor denunciado foram apreendidos dinheiro, porção de maconha e o aparelho celular. Na casa onde os três suspeitos entraram, os policiais encontraram uma espécie de laboratório de drogas, onde podia ser refinado e preparado o entorpecente para a venda.

As buscas na residência resultaram na apreensão de produtos químicos, balanças, prensas hidráulicas, material para embalar e ainda porções de drogas. Ao todo, cerca de 150 quilos de entorpecente foram apreendidos durante a operação policial.

Versões

Uma outra equipe foi até ao hotel e prendeu a jovem de 23 anos e recolheu o celular dela. Ela estaria auxiliando o suspeito de 27 anos no preparo e venda da droga, além da movimentação financeira da comercialização do material ilícito. O jovem assumiu toda a posse do material e a jovem tentou alegar que não sabia de nada.

Os motoristas dos dois VW Fox também deram suas versões. O condutor do Fox preto, de 37 anos, alegou que o carro é da mãe dele e que resolveu fazer uma “corrida” pois precisava de dinheiro. Já o motorista do carro prata, de 38 anos, disse que pegou o automóvel nas proximidades da rodoviária de Belo Horizonte, com a droga escondida, para trazê-lo ao Vale do Aço.

Os quatro detidos foram encaminhados para a delegacia de Coronel Fabriciano e autuados em flagrante por crime de tráfico e associação ao tráfico de drogas. Todo o material foi apreendido e os carros removidos ao pátio credenciado pelo Detran.

Operação

Na manhã desta sexta-feira (19), o major Fabrício Pereira, comandante do 58º Batalhão da Polícia Militar, e o delegado Washington Moreira, da Delegacia de Coronel Fabriciano, deram mais informações à imprensa sobre a operação realizada durante toda a quinta-feira.

O oficial da PM informou que dois dos autores, que se encontravam nos VW Fox, era de Belo Horizonte e a droga foi encaminhada ao Vale do Aço em compartimentos falsos nos veículos. “A operação foi montada em conjunto. A gente vinha monitorando os pontos, no hotel e na casa”, ressaltou Fabrício.

O delegado Washington ressaltou que será dado prosseguimento às investigações e identificar outas pessoas envolvidas no esquema. “Um destes autores já tinha passagem por tráfico e a partir disso, com as denúncias contundentes, realizamos a operação”, acrescentou o delegado.

Washington ressaltou que os quatro detidos vão responder por crime tráfico de drogas, associação ao tráfico, além da utilização de maquinário, que pode complicar a situação dos presos. “Existe a possibilidade de se levantar a situação financeira destas pessoas, para um eventual crime de lavagem de dinheiro e capitais. Vamos proporcionar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário um farto conjunto probatório para que eles sejam condenados”.