19 de agosto, de 2022 | 07:25

Doutor em Comunicação orienta população sobre como identificar fake news eleitorais

Segundo o especialista, as notícias falsas costumam ter algumas características

Raíssa Freitas
''As fake news têm sido usadas como ferramentas eleitorais para prejudicar a imagem de adversários de forma ilegal e imoral'', alertou o pesquisador ''As fake news têm sido usadas como ferramentas eleitorais para prejudicar a imagem de adversários de forma ilegal e imoral'', alertou o pesquisador
(Stéphanie Lisboa - Repórter do Diário do Aço)

Teve início nesta semana e vai até o dia 1º de outubro a campanha eleitoral, período em que os partidos e seus candidatos podem se apresentar para a população em busca de votos. É principalmente nessa fase, e com a aproximação do pleito, que os eleitores começam a ser bombardeados por todos os lados com conteúdos que podem ser verdadeiros ou falsos.

Mas como é possível saber se aquela informação que está sendo propagada é verídica ou não? O doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e engenheiro de software, Gregório Fonseca, concedeu entrevista ao Diário do Aço e falou sobre o tema.

Desinformação
Para início de conversa, o pesquisador trouxe o conceito de fake news. “Todo tipo de informação fabricada e falsa que tem o objetivo de enganar as pessoas”, definiu Gregório. Apesar do termo fake news ter se popularizado, o pesquisador explica que tem sido usado com mais frequência a palavra desinformação, que é mais ampla.

Características
Segundo o especialista, as notícias falsas costumam ter algumas características. “Chamadas sensacionalistas, apelo emocional, teorias conspiratórias, existência de algo muito importante, mas desconhecido, entre outras”, citou.
Apesar disso, Gregório pondera que, nem sempre, todos esses aspectos citados vão estar presentes nas fake news, mas há um fator que é sempre comum: a falta de credibilidade da fonte ou a ausência de uma fonte.

Dicas
Com base nesse conhecimento, a orientação é básica, mas muito eficaz. “A maneira mais simples de confiar (ou não) em uma notícia é conhecer bem a fonte e pesquisar sobre o assunto na internet para checar se isso está sendo tratado pela imprensa ou outras fontes de qualidade”, defendeu Gregório, reforçando que não se pode acreditar em nenhuma mensagem que apresente os termos “repasse” e “compartilhe”. Segundo ele, esse apelo, com frequência, está atrelado a um conteúdo falso.

Impactos
E a propagação de informações inventadas pode trazer sérios resultados, principalmente falando de eleição. “Podemos dizer que o principal impacto negativo é a tomada de decisão baseada em uma informação falsa”, alertou.
Um impacto em curto prazo, segundo o especialista, é a eleição de candidatos a partir de votos fundamentados em mentiras. “O grande prejuízo que certamente teremos será a eleição de candidatos cuja campanha se sustentará em mentiras. Já aconteceu antes e não há indícios de que isso vá parar”.

Solução
Gregório explica que a desinformação acontece há séculos, mas que acabou ganhando um alcance e velocidade de propagação maior com as plataformas de mídia social. Para ele, a chave para o combate às fake news está essencialmente na educação. “Digo educação de uma forma mais ampla, não necessariamente acadêmica: acreditar em fake news é um problema que afeta todos os níveis educacionais”, concluiu.
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Comentários

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Bruno

19 de agosto, 2022 | 15:06

“vou resumir ,fake news e quando falam mal do lula”

Gildázio Garcia Vitor

19 de agosto, 2022 | 11:22

“O Portal Diário do Aço está, mais uma vez, de parabéns, por trazer um especialista no assunto para nos informar sobre esta peste atual. Só achei que deveria ter explorado mais o conhecimento do Doutor.”

Viewer

19 de agosto, 2022 | 08:20

“Favor tipificar juridicamente a existência deste termo, pois ele simplesmente não existe na constituição brasileira.”

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