
18 de agosto, de 2022 | 14:40
Tratamento humanizado acalma pacientes e aumenta chances de sobrevida em UTIs
O processo de humanização tem ganhado força nos últimos tempos e as mudanças realizadas em infraestrutura e acolhimento têm sido essenciais
Elvira Nascimento/Divulgação
Conferência familiar, videochamadas e escutas constantes são alguns exemplos de iniciativas adotadas no Hospital Márcio Cunha

A humanização em hospitais é um dos assuntos mais discutidos pela sociedade médico-científica. Humanização requer tratamento personalizado ao paciente, cuidado individualizado e acolhedor. Nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), onde pacientes estão mais fragilizados por lutarem diariamente pela vida, o tema assume ainda mais relevância.
No Hospital Márcio Cunha (HMC), administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), o tratamento humanizado recebe atenção especial e faz parte do treinamento constante dos profissionais da saúde, destaca a assessoria de Comunicação. Os pesquisadores desenvolvem diversas tecnologias para prolongar a vida. Mas é preciso entender que, na frente de tudo isso, existe uma pessoa que tem angústias, sofrimentos e dores. É importante compreender o indivíduo como um ser humano psicossocial em todos os seus sentimentos e emoções”, comenta a médica Laura Fernandes Aredes Cunha.
O processo de humanização tem ganhado força nos últimos tempos e as mudanças realizadas em infraestrutura e acolhimento têm sido essenciais. Quando acordou na UTI do HMC, a primeira pessoa que o aposentado José de Paula, 60 anos, viu foi a doutora Laura Fernandes, que o chamou carinhosamente de Zé, apelido de uma vida toda. Ela perguntou o que ele mais queria naquele momento. Um copo de chocolate morno”, disse. E seu desejo foi atendido. Essa é a lembrança mais forte que tenho do tempo no hospital. Nunca vou esquecer o carinho e o cuidado que tiveram comigo”, conta.
Foram 32 dias internado, sendo mais de dez dias na UTI. A equipe fazia a minha barba, me dava banho todos os dias, tinha psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta. A médica passava para me ver todos os dias e sempre perguntava o que eu estava precisando. Hoje estou muito bem, graças a Deus e ao tratamento humano que tive”, relembra José de Paula.
Outro paciente grato ao tratamento recebido é o professor Jardel da Silva Abreu. Depois de sofrer um grave acidente de moto, ele passou 21 dias internado e 13 na UTI do Márcio Cunha. Cada evolução que eu tinha era comemorada por toda a equipe. Um exemplo que me marcou muito foi o dia que minha esposa não pôde me visitar e fiquei triste. A enfermeira percebeu que eu não estava bem e fez uma videochamada com minha mulher. Aquilo foi muito importante e me deu outro ânimo”, lembra.
Ações
Antigamente, as UTIs eram totalmente fechadas e os familiares só podiam ver os seus entes queridos através de um vidro. Para Geraldo Majella, intensivista da FSFX, a família também é parte importante do processo de recuperação. Hoje temos usado o conceito de UTIs abertas e os familiares podem acompanhar a internação. Muitos estudos provam que simples ações mudam a evolução dos pacientes, reduzem os índices de delírium e as taxas de sobrevida aumentam”, explica o médico, que atende em UTI há 12 anos.
Outra ação de humanização no HMC é a conferência familiar. Ela é o momento para expor a situação do paciente de forma clara e objetiva. O médico horizontal é treinado para conversar com os familiares e tirar todas as suas dúvidas quanto à situação do paciente. A habilidade na comunicação com um familiar também é uma forma de cuidado, carinho e acolhimento.
Prontuário afetivo
O prontuário é uma ferramenta de humanização adotada no Hospital Márcio Cunha desde o ano passado. Ele é um pequeno banner com informações do paciente que fica ao lado da cama. É uma iniciativa simples e de grande contexto humano e, por meio dele, é possível conhecer um pouco mais quem é a pessoa internada. Nele constam respostas a três perguntas e uma mensagem. Como você gosta de ser chamado? O que mais ama na vida? Qual a sua música preferida? E nos diga uma mensagem. Caso o paciente esteja inconsciente, um familiar fica responsável por preenchê-lo.
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Sônia
19 de janeiro, 2023 | 22:13Estou tendo o mesmo privilégio que o sr zé, Dr Laura(Laurinha)ta cuidando do meu marido.Ela passa tanta força e amor que as vezes fico até emocionada em vê-la falar.E ela prometeu trazer foi uma banana madura p meu marido.Amei conhecê-la acho que isso ficará p vida.Outra coisa que achei importante a maneira que ela fala de Deus,da nossa fé e da força da oração.”
Luisa
19 de agosto, 2022 | 23:43Dra Laura é um ser de outro mundo! Que ela possa inspirar mais pessoas!”
Elizangela
19 de agosto, 2022 | 09:42Dra Laura. Um amor de pessoa
Dr majela profissional impar”