14 de agosto, de 2022 | 06:00

Cobranças aumentam

Fernando Rocha

Ainda com a cabeça inchada e tentando esquecer a eliminação nos pênaltis das quartas de final da Libertadores, pelo Palmeiras, na última quinta-feira, o Atlético volta-se para o Campeonato Brasileiro, que é a única possibilidade de título importante que ainda lhe resta nesta temporada.

Distante 13 pontos do líder Palmeiras, as chances de levantar a taça pela segunda vez consecutiva são pequenas, mas o torcedor otimista se apega à máxima de que no futebol não há nada impossível.

O principal jogador, Hulk, após a eliminação na Libertadores, disse que a equipe vai “encarar os 17 jogos do Brasileiro como 17 finais”, o que terá de começar hoje, às 11h, fora de casa, diante do Coritiba.

A torcida não tem dúvidas de que seu maior ídolo irá se empenhar e se esforçar ao máximo para que a vitória aconteça, mas tem sérias restrições a vários jogadores do atual elenco, por isso as cobranças ao time estão em grau máximo, considerando a conquista da vaga na fase de grupos da Libertadores uma obrigação.

Caça às bruxas
A eliminação na Libertadores gerou uma autêntica “caça às bruxas” no Galo, à procura de culpados além de motivos para o retumbante fracasso do time na temporada.

Eduardo Vargas, um dos mais experientes do elenco, tornou-se o maior vilão, por ter sido expulso de forma desnecessária, irresponsável, no último lance da partida, que o tirou das cobranças de pênaltis.

No entanto, um erro não justifica outro, pois o técnico Cuca, enquanto comandante do time, não deveria ter feito as cobranças ao chileno publicamente, o que só piora as coisas.

Aliás, se olhar direitinho, tudo o que está acontecendo de ruim com o Atlético este ano tem muito a ver com a sua atitude, inconsequente, de deixar o Atlético, inesperadamente, na virada do ano, o que desmanchou todo o trabalho vitorioso que vinha sendo realizado.

Depois de Cuca, dos jogadores, o fracasso alvinegro deve ser debitado à diretoria do Galo que, além de errar na escolha do técnico substituto, ainda demorou muito para demiti-lo.

FIM DE PAPO

No futebol atual, decisão nos pênaltis não é mais loteria. Quem treina muito, se dedica ao máximo neste componente decisivo do jogo de futebol, seja quem bate ou defenda, costuma se dar bem. O fator que desequilibra nas cobranças é o emocional, inerente a cada um, portanto, sem controle externo. Talvez tenha sido o que mais influenciou o jovem Rubens, cobrador oficial do Galo na base, que bateu muito mal o pênalti e classificou o Palmeiras.

Neste caso, o maior erro, a meu juízo, foi do técnico Cuca que não deveria ter escalado o jovem Rubens para bater pênaltis, tendo à disposição vários outros jogadores mais experientes. Rubens é um talento promissor, tem muita personalidade, e não pode ser crucificado pelo erro. Que tudo isso sirva de aprendizado para o restante da sua carreira, pois ainda vai dar muitas alegrias ao torcedor atleticano e retorno financeiro ao clube.

A competição da Série B entra na reta final e o Cruzeiro está cada vez mais perto de assegurar o retorno antecipado à 1ª Divisão, depois de três anos ralando nessa Série B. Todo o sucesso é fruto do bom planejamento feito pela gestão atual, sempre com os pés no chão, como se vê nas últimas contratações feitas, certamente, já visando à próxima temporada. A Raposa entrou nesta rodada 19 pontos à frente do 5º colocado.

Depois de seis anos, o Cruzeiro retornou ontem a Brasília para jogar contra a Chapecoense, no Mané Garrincha, onde não sabia o que é perder, após seis partidas no estádio. A China Azul corre, também, o risco de ter que comemorar o acesso à Série A no acanhado Independência. Tudo porque no dia 26 próximo, data do jogo contra o Náutico pela 26ª rodada, que pode selar a classificação matemática do time, o Mineirão estará, novamente, ocupado por shows. Como perguntar não ofende, a torcida cruzeirense, que é enorme na região, fica se perguntando: por que o Cruzeiro, nestes casos de emergência, não transfere mais os seus jogos para o nosso Ipatingão? (Fecha o pano!)
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